Correio do Minho

Braga, terça-feira

- +

Um passado que gera futuro

Exige-se: direito à habitação

Um passado que gera futuro

Ideias

2023-05-30 às 06h00

João Marques João Marques

Decorreu na passada semana a sexta Semana da Economia de Braga, evento organizado pela InvestBraga.
Com uma forte preocupação quanto às consequências, positivas e negativas, dos desenvolvimentos tecnológicos, com a inteligência artificial à cabeça, as intervenções e discussões dos vários painéis foram sendo unânimes quanto à capacidade que o concelho demonstra na adaptação aos novos desafios que a economia do conhecimento vem colocando.
O dinamismo dos agentes públicos e privados tem sido essencial para fazer cumprir um desígnio que foi expresso sob a forma de plano, no caso, o Plano Estratégico para o Desenvolvimento Económico de Braga 2014-2026.
Numa altura em que se completam dois terços do período temporal previsto para a concretização de um conjunto de objetivos ambiciosos, o balanço não pode deixar de ser muitíssimo positivo.
É verdadeiramente impressiva a (r)evolução que Braga registou nestes nove anos de vida da empresa municipal InvestBraga e nos dez da maioria política que chegou ao poder em 2013.
Evolução essa que é espelhada pela realidade dos números. Entre 2013 e 2022 as exportações em Braga subiram 224%. Não é gralha, são factos. Em 2013, Braga não passava dos 776 milhões de euros anuais, enquanto, no ano de 2022, as exportações ascenderam a cerca de 2,5 mil milhões de euros.
Esta meteórica ascensão não se explica apenas pelo ímpeto reformista de Ricardo Rio e do projeto da Coligação Juntos por Braga, mas tem nele o berço fundador de uma nova atitude e relação com os protagonistas económicos que deram corpo a esta magnífica transformação.
Relembro que Braga começou a crescer quando o país ainda estava em crise, tendo criado e vivido um boom económico que é seu por direito próprio.
Ao longo de quase uma década, as empresas que investiram na nossa cidade – as que cá estavam e as que, entretanto, chegaram – estimularam a subida da oferta no mercado de trabalho para níveis nunca vistos, pelo menos com esta constância.
São cerca de dois mil empregos gerados anualmente, em média, desde 2014. Uma cifra não só impressiva como altamente superavitária face às previsões do Plano Estratégico, que apontava para 500.
Mais do que os números, recordes estatísticos ou parangonas jornalísticas, esta criação de emprego tem um efeito visível na vida das pessoas.
Ela é o marco que assinala a possibilidade de cada bracarense poder ter um projeto de vida sólido e estável. É a oportunidade concreta de aqui se fixar e viver. Um luxo cada vez mais inacessível no mundo globalizado em que estamos.
Não me entendam mal, viver e trabalhar fora da comunidade que nos viu nascer é um exercício de bom senso e de crescimento pessoal. Mas fazê-lo por necessidade e não poder voltar às raízes por impossibilidade económica é uma violência irreparável e não uma virtude beatífica.
Essa liberdade de escolha, entre partir ou ficar, só é dada quando existem condições reais para a fixação da população. Entre elas, o emprego e, sobretudo, o emprego bem remunerado é uma das indispensáveis.
Registo, por isso, que Braga consegue atrair cada vez mais e melhor emprego, com multinacionais de setores de ponta a assentarem arraiais por cá e a contribuírem para mudar a face do concelho.
Em princípio, já durante este ano e até 2024, teremos, só à custa da chegada de duas novas empresas, mais 300 ofertas de empregos disponíveis. São mais 300 pessoas e 300 projetos de vida que ajudarão a desenhar a Braga do futuro.
Não nos iludamos, sabemos que existem ciclos e que esses ciclos encerram períodos melhores e períodos piores, mas nenhuma sociedade pode estar bem preparada para lidar com as quedas se não tiver sequer a possibilidade de criar a almofada que as ampare.
É essa visão de conjunto que a atual maioria percebeu mais e melhor que ninguém. Uma visão que não dispensa o investimento na melhoria das infraestruturas públicas, dos transportes coletivos, dos espaços e serviços públicos e da gestão de fenómenos menos positivos (com o trânsito à cabeça) decorrentes do sucesso que aqui faz acorrer cada vez mais gente.
Sem prejuízo das tais dores de crescimento, o que existe hoje e perdurará enquanto a incompetência não tomar conta da edilidade é um legado que já ninguém tirará ao atual Presidente da autarquia e aos partidos que sustentam a maioria no executivo municipal.
O exemplo acabado do que deve ser uma reforma estrutural é este. Assente na planificação ponderada de uma estratégia, na colaboração com os agentes económicos e na capacitação dos serviços públicos municipais para a resposta à economia do século XXI, a inovação da InvestBraga e a gestão dos dossiers ligados ao investimento privado e emprego permitiu gerar um ecossistema que atrai fomenta e conserva cada vez mais gente, capital e empresas qualificadas.
A transformação empreendida é a marca que, do ponto de vista eleitoral, pode e deve ser valorizada em campanha seja qual for o candidato que suceda a Ricardo Rio.
Um modo de fazer único, created in Braga by Coligação Juntos por Braga.

Deixa o teu comentário

Últimas Ideias

Usamos cookies para melhorar a experiência de navegação no nosso website. Ao continuar está a aceitar a política de cookies.

Registe-se ou faça login Seta perfil

Com a sessão iniciada poderá fazer download do jornal e poderá escolher a frequência com que recebe a nossa newsletter.




A 1ª página é sua personalize-a Seta menu

Escolha as categorias que farão parte da sua página inicial.

Continuará a ver as manchetes com maior destaque.

Bem-vindo ao Correio do Minho
Permita anúncios no nosso website

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios.
Utilizamos a publicidade para ajudar a financiar o nosso website.

Permitir anúncios na Antena Minho