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Um PS orgulhosamente afastado da juventude

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Um PS orgulhosamente afastado da juventude

Ideias Políticas

2024-12-24 às 06h00

Ana Macieira Ana Macieira

Recentemente, PS Braga fez uma escolha que remonta a tempos passados ao anunciar a candidatura de António Braga à Câmara Municipal. A decisão é simbólica não só pela figura que ela traz de volta, mas também pelas implicações que este regresso representa para o futuro da cidade e, principalmente, para as gerações mais jovens. A declaração de Victor Hugo Salgado, líder da Federação Distrital de Braga do PS, de que é positivo que os jovens não votem no nosso concelho, agrava ainda mais a sensação de um partido distante das necessidades e dos desafios da juventude. Essa postura reflete uma clara falta de capacidade do PS em pensar a longo prazo e em integrar as novas gerações no processo de construção de uma cidade que deveria ser, acima de tudo, voltada para o futuro.
Ao escolher uma figura com tanto peso histórico quanto António Braga, o PS parece ignorar que a cidade de Braga mudou consideravelmente nas últimas décadas. A juventude bracarense não se pode satisfazer com promessas baseadas em velhas práticas políticas. A cidade de Braga, com o seu crescente dinamismo económico, cultural e universitário, necessita de um olhar mais jovem, inovador e consciente das transformações sociais e tecnológicas que caracterizam a atualidade.
O jovem eleitor bracarense não procura apenas um nome ou uma figura conhecida do passado, mas sim um projeto capaz de projetar a cidade num futuro próspero, inclusivo e sustentável.
O discurso de Victor Hugo Salgado, em entrevista à Antena Minho, ao tentar afastar os jovens da participação política, demonstra uma grave falha de comunicação entre o PS e a juventude, que anseia por mais representatividade, inovação e coragem na tomada de decisões.
Em 2025, a juventude bracarense terá, sem dúvida, algo a dizer. Não podemos ignorar o potencial dos jovens para contribuir de forma significativa na construção de um futuro melhor. Braga precisa de uma liderança que, ao contrário do PS, esteja disposta a ouvir e incluir os jovens na construção de soluções concretas para os problemas da cidade, como a habitação, o emprego, a sustentabilidade e a cultura.
A juventude tem as suas próprias necessidades e aspirações. Nós queremos ser parte ativa da cidade, pensar e agir no presente para garantir um futuro que contemple as nossas necessidades e as nossas ideias.
O PS, com o regresso de António Braga, não está a enviar a mensagem certa. Está, na verdade, a perpetuar uma política de continuidade sem inovação esem uma visão clara para as gerações mais novas.
A cidade de Braga, em 2025, precisa de uma liderança capaz de entender a importância do investimento nas novas gerações, não só no que diz respeito ao emprego, mas também no acesso à edu- cação, à cultura e à participação cívica. Precisamos de projetos que promovam a mobilidade urbana, a sustentabilidade ambiental e a criação de um ecossistema urbano onde a juventude possa desenvolver as suas competências, criar e empreender.
Portanto, a juventude bracarense fará ouvir a sua voz nas urnas, e é necessário que todos, em especial o PS, estejam preparados para ouvir o que ela tem a di- zer.
Não se trata de uma rejeição do passado, mas de uma exigência por um futuro mais justo e igualitário, onde as novas gerações possam construir e moldar a cidade que desejam habitar.

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Morreu Pinto da Costa

15 Fevereiro 2025

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