Está quase a chegar mais uma edição do Verão no Campus, um programa que a Universidade do Minho dirige aos jovens com mais de 15 anos. Durante uma semana, de 18 a 22 de Julho, os pré-universitários podem experimentar formações de diversas áreas e conhecer os múltiplos espaços da Universidade do Minho, quer em Braga, quer em Guimarães. Esta é seguramente uma das melhores formas para fazer uma escolha fundamentada de um curso do Ensino Superior.

Impõe-se, desde logo, uma declaração de interesse: sou a responsável institucional pelo programa do Verão no Campus da Universidade do Minho. Assim, tudo o que disser acerca desta iniciativa tem necessariamente uma carga subjectiva. Acontece que sou apenas um elo de uma longa corrente que se compõe por diversos outros elos: alguns professores, vários funcionários, muitos monitores que se dedicam a trezentos estudantes que deverão chegar em breve, vindos das escolas dos ensinos básico e secundário. Os bastidores desta iniciativa são de grande entusiasmo e de uma indescritível dedicação.

Há dias, numa conferência de imprensa para apresentar esta actividade, fiz-me acompanhar de estudantes da UMinho que são parte desta organização. Propositadamente não combinei nada com eles. Queria que falassem das suas experiências de forma espontânea. E aquilo que disseram manteve-me ali, presa a cada palavra. Senti um grande orgulho por liderar uma equipa assim. Com estas características.

A Adriana Ferreira, finalista de Direito, é uma das monitoras mais antigas. Está no Verão no Campus desde a primeira edição. Conhecia-a no ano passado e aprecei muito a sua empatia com os mais pequenos. Quer no Verão, quer ao longo do ano lectivo nas sucessivas visitas das escolas e às escolas que a universidade promove. Estas iniciativas contribuíram, por certo, para um curriculum paralelo que a tornou mais rica, mas o seu empenho neste trabalho constitui para a UMinho um valioso cartão de visita. Não há campanha mais eficiente do que um bom exemplo.

A Tânia Ramoa foi minha aluna. Uma estudante empenhada e responsável. No meu trabalho como pró-Reitora, encontrei-a como monitora que acompanha os estudantes do secundário de visita à UMinho. Soube agora que o seu curso de Ciências da Comunicação foi escolhido por influência da sua participação na primeira edição do Verão no Campus durante a qual frequentou sessões de jornalismo. O ano passado pedi-lhe que fizesse apontamentos informativos sobre esta iniciativa Resultou em pleno, porque o conhecimento estava bem enraizado.

O Paulo Silva é o mais novo desta equipa. Lembro-me dele do ano passado. Estreava-se no Verão no Campus. Já éramos dois, pois para mim aquela seria a minha primeira organização. Chegou de forma discreta. Revi-o agora. É estudante de Ciências da Computação. Veio este ano disponibilizar-se para ser monitor, ou seja, para acompanhar os estudantes mais novos, tal como fizeram outros por ele. Exemplos como o do Paulo Silva compensam qualquer esforço.
Estes três estudantes são apenas elementos de uma grande equipa de muitos outros. Depois das aulas, eles ali estão, disponíveis para ajudar a integrar quem chega.

Não sei quem serão os estudantes que vamos receber este ano. Serão, por certo, um grupo diverso que está ou vai entrar no ensino secundário. Nas diferentes Escolas/Institutos da Universidade do Minho há já professore que preparam as formações a dar. Na Reitoria, o trabalho centra-se na logística: seguros, transporte, alimentação, t-shirts, bonés… Aos poucos, tudo fica pronto até podermos dizer que o Verão acontece na UMinho. Em pleno.