Normalmente, nesta data, em casa, já mudámos a coleção de roupa de inverno para verão e colocámos de lado as peças de vestuário mais pesadas para nos sentirmos mais leves e fazer face ao calor destes dias mais tórridos. Igualmente, pensámos no melhor programa de férias de Verão a proporcionar aos nossos filhos. É provável que já tenha escolhido o seu destino de férias para poder fruir do seu descanso, mais do que merecido. Para além da escolha da geografia de viagem, dos locais que vai conhecer e por onde vai passear e descansar com família ou amigos, dentro ou fora do seu concelho, estamos certos que haverá sempre alguns momentos de descanso, nos quais poderá fazer uma pausa para uma fresca e prazerosa leitura de uma revista, jornal ou livro a gosto.

O leque de preferências de leitura, certamente, já foi atualizado ou está em preparação. As nossas escolhas de leitura podem ser variadas: conhecer quais as novidades editoriais, pesquisar alguns autores de bestseller ou premiados, selecionar algum livro de um autor amigo, reler uma outra obra de um autor já conhecido. Nesta época de veraneio, há quem goste de reler alguns clássicos. Coloquemos em prática a nossa liberdade de escolha, potenciando a nossa capacidade de gerir o tempo pessoal a nosso proveito, proporcionado pelas férias laborais ou escolares.

Por que razão o exercício da leitura pode ser uma atividade mais fresca e menos calórica? Para ler, terá de parar, geralmente à sombra, abstraindo-se do que tem à sua volta. Este, por si só, já é ser um bom exercício de descontração, física e mental. Por outro lado, enquanto pega num livro em papel ou num leitor eletrónico, a sua concentração estará no assunto que está a ler, evitando dessa foram o consumo de gulodices, certamente mais calóricas. Porque ler alimenta o cérebro e entretém a alma. Os livros podem ser frescos como alfaces e saladas, se o seu enredo for leve ou nos levar para descontraídos e ligeiras tramas de amor, de afetos, de viagens, de descoberta de culturas de outros países, de temas de interesse mais pessoal como o desporto, saúde, culinária, alimentação, relaxamento, autoajuda, mergulho, bricolagem, jardinagem ou artes.
Ao ler no seu silêncio, não precisa de outro alimento sólido, senão de água fresca e sumos naturais a acompanhar. É aconselhável que se mantenha hidratado. O seu corpo e cérebro agradecem.

Falamos assim de leitura de lazer, recreativa, aquela que fazemos por prazer, ao nosso ritmo e vontade, devagar, sem recriminações ou culpas. Ler sempre, nem que seja uma folha por dia. Pode ser uma forma de entretenimento mais barato e acessível (se trocar de livros com amigos ou familiares, ou indo a uma biblioteca pública, ainda será mais), um meio para se cultivar, adquirindo conhecimento e contribuindo, inclusive, para a saúde mental. O nosso cérebro apesar de não ser um músculo, precisa igualmente de ser estimulado com vitaminas de vocabulário e semântica, com novos significados e histórias diferentes da nossa, novidades, para nos oxigenar o pensamento.
Aproveite bem o seu tempo e enriqueça a mente e a sua cultura individual. O hábito da leitura não é adquirido, é algo que precisa ser construído diariamente, mas sempre com diferentes abordagens. Recomendamos, portanto, neste tempo de verão, leituras frescas e menos calóricas. As bibliotecas (públicas, de jardim, piscina ou praia) têm muitas sugestões de leitura de verão à sua disposição. Passe por lá. Se não levar já uma sugestão de leitura, deixe-se cativar pela capa de um livro ou pela sua sinopse e dedique um pouco do seu tempo a alimentar o seu cérebro com uma “deliciosa salada fresca de verão”, sem culpas nem receios.