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Viva o Verão

Premiando o mérito nas Escolas Carlos Amarante

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Conta o Leitor

2011-08-31 às 06h00

Escritor Escritor

Susana Pinto Ribeiro

Meio dia, um sol abrasador, guarda-sóis hasteados, filtram os raios intensos, esplanadas sem fim, vaivém de bandejas pesadas, cobertas de bebidas frescas, leques nervosos tentam combater a agonia de mulheres maduras e acaloradas, repuchos de àgua fresca salpicam os incautos, que se deixam refrescar com agrado, belezas desfilando semi-nuas, despertam interesse, euforia na fila dos gelados de muitos sabores, muita sedução e noitas longas. 

É assim o Verão de curta duração mas sempre inesquecível, que o diga David e sua trupe de amigos festivaleiros. Brutal é a palavra de ordem, que eles adoram abusar em todos os Verões que passam juntos. Clima brutal, música brutal, ambiente brutal, férias brutais, animação brutal, noites brutais. Tudo bons motivos para gozar de pura diversão. Aliás, parecia tudo estar garantido para mais um Verão, alto em boas sensações. Na verdade, as premissas estavam lá todas. Só não estava David. O maestro da boa disposição.

Estranhamente, David desapareceu sem deixar rasto. Nem um bilhete de despedida. Absolutamente nada, que pudesse conter uma pista do seu paradeiro. Quem com ele conviveu diz ser um sonhador cheio de vontades e com um lado optimista tão apurado, que não conhece barreiras.
Agora, desconfiam se não seria uma máscara para esconder o seu Eu verdadeiro. Muito se especulou à volta do seu desaparecimento.

O seu lado aventureiro podia tê-lo impelido a programar uma viagem pelo Mundo com várias paragens, cenários a perder de vista, múltiplas experiências, amigos de ocasião que deixam saudades, algumas tentações, lições de vida, outros costumes e outras fomas de vida.
Será que David empreendeu uma ida sem regresso mas agora que quer regressar, esgotaram-se as suas economias? Algo que também chegou a ser ponderado. No entanto, seria demasiado improvável dada a esperteza de David, astuto a libertar-se de enrascadas bem mais complicadas. Nenhum sinal seu. Todas as possibilidades foram exploradas sem sucesso.

A sua família recusava conformar-se com o seu sumiço. A sua implicância era evidente quando David expulsava a sua espontaneidade. A quem ele saíria tão louco? Interrogavam-se. Pois bem, a sua loucura é saudável e tem um nome. Chama-se Juventude. Custaram a entender a intensidade dessa passagem obrigatória e agora, querem-no de volta no seu registo próprio.

A chegada do período estival empolou a sua memória. A sua convivência ganhava maior expressão no Verão. Esta será a primeira vez que seus amigos ficarão impedidos da sua presença. Em todo o caso não podiam acabar com a magia da melhor estação do ano e desonrá-lo. Afinal ele era a grande figura do Verão.

Reunidos numa esfera de good vibe, relembravam os melhores momentos de David no Verão passado e sem se aperceberem, alguém se aproximou e desfez o cenário, resgatando-lhes total atenção. Era o nadador salvador, alertando-os para a mensagem que rasgava os céus da praia de Melides e que talvez, os pudesse interessar.
Dizia: Viva o Verão. David Likes.

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