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XXII Congresso do PCP: Um Congresso ligado à vida

A História é difícil e não é “sexy”?

XXII Congresso do PCP: Um Congresso ligado à vida

Ideias Políticas

2024-12-17 às 06h00

Inês Rodrigues Inês Rodrigues

No Congresso do PCP, discutiram-se os problemas da vida do povo, dos trabalhadores e da juventude do nosso país, dos baixos salários aos ataques à escola pública, dos ataques ao direito à habitação à precariedade, do desinvestimento na cultura e no desporto à falta de residências públicas, do combate a todas as discriminações ao cumprimento dos valores de Abril em Portugal.
Discutiu-se a escalada da guerra mundo fora, a necessidade do reforço da luta pela paz, contra a banalização da guerra e o combate que é necessário dar às forças retrógradas que querem fazer o mundo andar para trás, bem como a resposta que encontramos na luta de diversos povos, como o povo palestiniano que resiste ao genocídio e massacre levado a cabo por Israel, com o apoio dos EUA, NATO e dos seus aliados, dos crimes do capitalismo no Médio Oriente que levaram a uma escalada de guerra no Líbano e na Síria, da guerra no leste Europeu que exige um cessar-fogo e uma saída diplomática do conflito. Fiel à sua história de mais 100 anos e aos seus princípios patrióticos e internacionalistas, o PCP exprime a sua solidariedade com os povos em luta, e continuará firme na luta pela paz.

Um Congresso ligado à vida e onde não se fala de cor dos problemas. Por isso, as reivindicações e os testemunhos de esperança saem da boca dos próprios trabalhadores, que fazem do PCP um partido ligado a quem trabalha todos os dias e luta por uma vida melhor. Intervêm no Congresso as operárias conserveiras que recebem há quase 40 anos o salário mínimo. E dizem de sua justiça: «se o salário mínimo subisse para 1000€ era bem bom, e ainda assim o senhor diretor continuaria a receber 13 vezes mais que nós.» Intervêm trabalhadores das grandes superfícies que falam da sua luta que conquistou 25 dias de férias, dia de descanso no seu aniversário e aumentos salariais. É que o PCP diz mesmo ao que vem: luta e concentra todas as suas forças para melhorar a vida de quem trabalha, trabalhará ou trabalhou uma vida inteira.

O distrito de Braga não é diferente. Sendo um dos mais populosos do país, com a agro-pecuária forte a norte e o sul profundamente industrializado, o que reina são os salários mínimos, uma vida de sobrevivência e reformas de miséria. Também aí, os congressistas comunistas afirmaram que não há inevitabilidades, que nada é impossível de mudar. São os trabalhadores que produzem a riqueza, mas a sua distribuição é cada vez mais injusta e 10% dos trabalhadores em Portugal estão em situação de pobreza. Hoje como ontem, não há mudança nem melhoria na nossa vida que nos seja gentilmente cedida. É a unidade de todos os que vivem do seu trabalho, e a luta e resistência que faz o mundo avançar e progredir. Por isso o PCP avançou com um abaixo-assinado “melhores salários e pensões, por uma vida melhor”, que já recolheu mais de 78 mil assinaturas. Todos os trabalhadores precisam de um aumento salarial, e podem contar com o PCP nessa luta.

A luta das pessoas com deficiência por uma vida digna e independente, a luta contra o racismo e a xenofobia, a luta contra todas as discriminações e para que a igualdade se concretize na lei e na vida, a luta pelo direito ao desporto, à cultura, ao lazer e ao tempo livre, pelo direito aos transportes, com a ligação ferroviária entre Guimarães e Braga, têm no Congresso do PCP um espaço de convergência.
É disto que é feito o Congresso do PCP. Distingue-se dos de demais Partidos por todos estes motivos. Nele não há espaço para bate-bocas e disputas de poder e de egos. Estamos demasiado ocupados a discutir soluções para os problemas que nos assolam, e o fim de semana passa muito rápido. É que segunda-feira é dia de trabalho, e este partido é feito de trabalhadores.

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