Correio do Minho

Braga,

- +
“25% da população está em situação de exclusão e é aqui que devemos intervir”
Monção: renovada acreditação do Monção Habitat Criativo

“25% da população está em situação de exclusão e é aqui que devemos intervir”

Rally de Fafe: Marco Oliveira é o primeiro líder

“25% da população está em situação de exclusão e é aqui que devemos intervir”

Braga

2023-09-28 às 06h00

Joana Russo Belo Joana Russo Belo

Programa especial do Eixo Atlântico, emitido em conjunto pela Rádio Antena Minho e Rádio Onda Cero Galícia, analisou o ‘Mapa da Coesão Social’, a igualdade de oportunidades, lacunas de vulnerabilidade, emprego digno e lacuna geracional.

Citação

O ‘Mapa de Coesão Social’ esteve em análise no programa especial conjunto entre a Rádio Antena Minho e a Onda Cero Galícia - promovido pelo Eixo Atlântico - e conduzido por Rui Alberto Sequeira e Ángeles San Luís. Eixo Atlântico vai apresentar, em Ourense, no próximo dia 3 de Outubro, este relatório social, publicação dirigida por Roberto San Salvador, catedrático da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade de Deusto e director da equi- pa de Investigação de Deusto Cities Lab Katedra, num debate que irá juntar várias entidades no âmbito da coesão social.
Roberto San Salvador destacou o facto de ser um documento “pioneiro” e que não é apenas uma fotografia de cada cidade pertencente ao Eixo Atlântico, mas também visa partilhar informações dos municípios entre si para corrigir desigualdades e melhorar políticas coincidindo com os desafios globais a nível local que foram estabelecidos na Agenda Urbana.
“É um trabalho que tem antecedentes no mundo anglo-saxónico, mas é pioneiro, sobretudo, na sua aplicação territorial, pois pela primeira vez o destino do estudo não é um estado mas sim uma Eurorregião, um espaço transfronteiriço”, sublinhou o responsável, lembrando que o ‘Mapa da Coesão Social’ estuda a complexidade social e igualdade de oportunidades.
“No mapa, fundamentalmente, o foco tem sido nas lacunas de vulnerabilidade, mas também em três lacunas transversais: a geracional, de género e a digital. O estudo tem um duplo valor, por um lado, tenta tirar uma fotografia de uma realidade num determinado momento, mas, além disso, procura alternativas que possam ajudar as pessoas que têm responsabilidades políticas e técnicas. O estudo propõe quatro questões: organizar os serviços sociais em conjunto com outras áreas da administração municipal, como por exemplo a habitação, saúde ou educação, para completar uma política social conjunta, incorporar posteriormente outras áreas de município relacionadas com o desenvolvimento económico, am- biental e cultural, uma vez que elas também são co-responsáveis da coesão social e, posteriormente, ir configurando um ecossistema de inovação transformadora coesiva a nível local, incorporando o tecido económico e social e, finalmente, os próprios cidadãos anónimos”, explicou, dando conta de que estão a viver esse processo, em Ribeira e em Santa Maria da Feira, “e é assim que podemos perceber se as propostas do estudo são aplicáveis ou não”.
Segundo o catedrático, “temos que pensar que 25% da população está em situação de exclusão ou pode cair nessa situação” e “isto significa que é aqui que devemos intervir, mas modificando algumas das acções”. “O relatório mostra que existe uma convergência de razões para a vulnerabilidade em pessoas muito específicas. O primeiro marco em que estamos a trabalhar é ver como passar dos serviços e políticas sociais para políticas personalizadas. Os técnicos da câmara podem fazer uma utilização mais razoável do tempo e recursos se dialogarem entre si para identificar as pessoas que correm maior risco de exclusão”.
O segundo passo, revelou San Salvador, que é objecto de trabalho neste Outono, “é como incorporar esses técnicos de outras áreas que se sentem estranhos à política social e que, no entanto, têm um papel decisivo porque geram riqueza, reorganizam o território e são agentes a acrescentar a este ecossistema”.
Santa Maria da Feira é a cidade que, juntamente com a Ribeira, está a trabalhar com a Universidade de Deusto para criar o laboratório de inovação. O presidente da câmara, Emídio Sousa, revelou que a habitação é, claramente, um dos grandes desafios pelos preços “muito elevados” e “os salários, na nossa região, não estão articulados para que as pessoas possam tornar-se independentes, o que constitui um novo desafio. Uma política pública que devemos avançar rapidamente, e que é transversal ao litoral e ao interior, é uma política de habitação, temos que aumentar a oferta de habitação pública para mitigar esta falha”.

Deixa o teu comentário

Banner publicidade

Usamos cookies para melhorar a experiência de navegação no nosso website. Ao continuar está a aceitar a política de cookies.

Registe-se ou faça login Seta perfil

Com a sessão iniciada poderá fazer download do jornal e poderá escolher a frequência com que recebe a nossa newsletter.




A 1ª página é sua personalize-a Seta menu

Escolha as categorias que farão parte da sua página inicial.

Continuará a ver as manchetes com maior destaque.

Bem-vindo ao Correio do Minho
Permita anúncios no nosso website

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios.
Utilizamos a publicidade para ajudar a financiar o nosso website.

Permitir anúncios na Antena Minho