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2023-09-27 às 06h00
No Dia Mundial da Contracepção, a directora do Serviço de Ginecologia dos Hospital de Braga realça importância do aconselhamento médico e alerta para os perigos da informação online não filtrada.
Consciencializar os cidadãos para a importância da saúde física, mental, sexual e reprodutiva. É este o grande objectivo do Dia Mundial da Contracepção que ontem se assinalou e no âmbito do qual Maria José Monteiro, a nova directora do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de Braga, realça que todas as mulheres se devem sentir livres e optar pela sua contracepção, mas alertando que “a contracepção não é, nem deve ser, universal para todas as mulheres”.
“Cada mulher tem as suas particularidades, as suas preferências, quer ela própria, quer na relação com o companheiro ou companheira. Portanto, vão haver preferências, limitações e contra-indicações específicas”, refere Maria José Monteiro, alertando para a importância do aconselhamento médico quando se inicia um método contraceptivo e também para o perigo que é o acesso fácil a informação não filtrada, portanto muitas vezes incorrecta.
“Neste momento existe um fácil acesso a muita informação, mas que muitas vezes não é uma informação filtrada. Ou seja, é muitas vezes uma informação de uma amiga que disse ou que partilhou nas redes sociais, e muitas vezes as mulheres vêm mal informadas, com muitos receios e medos, que não são fundamentados”, descreve a especialista, realçando que existe um site com informação fidedigna e que todas as mulheres devem consultar, o contracecao.pt.
“O SNS tem o site contracecao.pt que fala de todos os métodos contraceptivos de maneira geral, fala de riscos, benefícios. Está bem construído, é de fácil acesso e apelativo”, considera Maria José Monteiro, alertando que consultar o “doutor Google é muito perigoso, precisamente porque é informação de fácil acesso, mas que não é filtrada e que por isso contém muitas informações duvidosas e incorrectas. Devem procurar-se fontes fidedignas, como o contracecao. pt”.
No site criado pelo SNS as mulheres encontram informação com base científica sobre todos os métodos de contracepção, não só dos farmacológicos, como também dos naturais como calendários, barreiras, coito interrompido. “É um site que fala de tudo. Aconselho todas mulheres a lerem, a consultarem, pois é informação fidedigna que também as ajudará, com aconselhamento médico, a escolher o melhor método para si próprias”.
Maria José Monteiro realça que no âmbito da contracepção são os cuidados de saúde primários e os médicos de família que “desempenham um papel extremamente importante em termos de aconselhamento, até porque o planeamento familiar, no âmbito do SNS, é e deve ser gratuito e estar disponível a todas as mulheres que o procurem”.
Ao âmbito hospitalar devem ser reportados os casos mais particulares, mais raros ou que necessitem de algum apoio particular, nomeadamente dispositi- vos intra-uterinos que eventualmente não se consigam remover em consultório, ou implantes que não sejam palpáveis - “esses sim tem orientação para serem avaliados a nível hospitalar”, nota.
No hospital existe consulta de planeamento familiar que deve ser precisamente para essas situações excepcionais. Tal nem sempre acontece, como reconhece a directora do serviço.
“Muitas vezes as mulheres vem encaminhadas ou porque pretendem uma contracepção definitiva, uma laqueação. Mas também vem porque pretendem, por exemplo, a colocação de dispositivos intra-uterinos que deveriam à partida ser colocados no centro de saúde, mas há colegas que não se sentem confortáveis para os colocar e enviam para cuidados hospitalares”, explica, admitindo que os pedidos que chegam dos centros de saúde “são muitos e não tem sido sido possível dar a resposta desejável”, havendo lista de espera.
A médica ginecologista considera ainda importante que a temática da contracepção seja abordada nas escolas, até proque as adolescentes” fazem parte daquela faixa etária com acesso a muita informação não filtrada” e com tendência para seguir o exemplo da amiga, quando a contracepção deve ser prescrita de forma individualizada, mediando os benefícios com as contra-indicações. “Ninguém deve iniciar método contraceptivo sem uma avaliação”, vinca.
Importante é salientar que o preservativo é o único contraceptivo que faz a prevenção das doenças sexualmente transmissíveis “e é importante sempre reforçar essa ideia, sobretudo nas camadas jovens, pois por mais que tomem a pílula ou usem um dispositivo, o preservativo é essencial porque é o único método que previne infecções”.
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