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2023-05-15 às 06h00
Presidente da Associação Portugal/Brasil 200 Anos considera que “é determinante” avançar com a concretização do acordo UE-Mercosul, que criará uma nova força geopolítica a nível mundial.
O acordo entre a União Europeia e o Mercosul “é determinante”, não só para a Europa e para o Brasil, mas também para o mundo, pois vai contribuir para a criação de uma nova geopolítica, criando um novo eixo que servirá de alternativa às duas actuais superpotências, os Estados e a China.
Foi esta a principal ideia defendida por José Manuel Diogo, presidente da Associação Portugal/Brasil 200 anos, o convidado da mais recente edição do ‘Da Europa para o Minho’, programa da rádio Antena Minho apresentado por Paulo Monteiro e com o eurodeputado José Manuel Fernandes.
Numa intervenção a partir de São Paulo, no Brasil, José Manuel Diogo, que também é director da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira, concordou ainda que este é o momento de avançar com a concretização do acordo, o que será “um momento histórico para o mundo”.
“Era muito importante que não se perdesse esta oportunidade”, concordou o convidado, depois de ouvir o eurodeputado José Manuel Fernandes lembrar que o acordo deve avançar rapidamente, porque vamos ter a partir de Julho a Espanha a presidir à União Europeia, seguindo-se depois a Bélgica e Hungria.
O eurodeputado lembrou que o acordo está pronto desde 2019 e considerou que não têm fundamento os receios sentidos por alguns países, por razões proteccionistas. José Manuel Fernandes lembra que as importações de carne não irão representar mais de 1% da carne que consumimos e que os produtos agrícolas não ultrapassarão os 2%.
Porém, alertou que “a França, a Áustria, a Irlanda e a Holanda já disseram que não pretendem ratificar o acordo. Não vamos ter unanimidade, mas podemos fazer um acordo comercial onde o Conselho, onde estão os Estados-membros, aprovem o acordo por maioria qualificada e estou convencido que terá voto favorável do Parlamento Europeu”, referiu, lembrando ainda que o acordo com o Mercosul trará benefícios “sobretudo para a nossa indústria têxtil e calçado, e não só para o vinho e o azeite como se costuma dizer”.
A este propósito, José Manuel Diogo alertou que “às vezes não é a questão de ser 15 ou 2% é a questão política, a bandeira”. Lembrou que em França “os sistemas de contrapoder são muito fortes e firmes”, basta ver o que aconteceu com a recente lei das reformas “que era inevitável e decorre do aumento do custo de vida, mas que mesmo assim registou uma forte oposição”.
Considera, por isso, que este acordo tem de ser conduzido de forma a que não se levantem bandeiras políticas, sobretudo porque “o mundo hoje precisa de uma terceira força, um terceiro bloco que junte esses 25% do PIB mundial e que seja relevante do ponto de vista geopolítico, para não ficarmos entre chineses e norte-americanos e com uma Europa cada vez mais fraca”.
O convidado do programa lembrou que, depois de empossado, Lula da Silva visitou os EUA, a China, Portugal e Espanha, “sinalizando claramente esse triângulo” no sistema geopolítico mundial.
Portugal é a ponte para brasileiros investirem na Europa
José Manuel Diogo, na qualidade de director da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira, confirmou que Portugal é cada vez mais procurado pelos empresários e pela elite cultural brasileira para viver.
“Os brasileiros hoje encontram em Portugal a imagem de um país moderno, um país amigo, que precisa deles, com infra-estruturas tecnológicas e de ensino que suplantam em muito a média do que existe no Brasil”, nota José Manuel Diogo, dando nota de que o perfil dos brasileiros que procuram o nosso país para viver se tem vindo a alterar.
Se antes a Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira era procurada sobretudo por brasileiros que queriam deixar o Brasil para mudar de casa e fugir à insegurança, hoje os brasileiros que se instalam em Portugal acabam por ter várias origens. “São brasileiros, mas já não vêm só do Brasil. Há muita gente que reagrupa a família no ecossistema de Portugal”, refere, especificando que apesar de a economia portuguesa ser “mais pequena e não adequada às proporções de muitos negócios brasileiros, viver numa cidade como Lisboa é uma possibilidade porque “dali acedem a toda a Europa”.
Recorde-se que o Brasil tem praticamente o dobro da área geográfica da UE, pelo que na Europa tudo acaba “por ser perto” para os brasileiros.
O convidado do ‘Da Europa para o Minho’ referiu ainda que não são apenas os empresários a fixarem-se em Portugal, sendo também muitos os actores, escritores e outros membros da elite brasileira que procuram este país para viver. Estimou que seja cerca de 500 mil os brasileiros a viver actualmente no nosso país.
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