O autocarro que hoje de manhã foi apanhado por uma enxurrada no Nordeste, S. Miguel (Açores), fazia o transporte normal de passageiros e apenas transportava três crianças e o motorista no momento do acidente.

O autocarro pertence a uma empresa privada e estava a realizar o “transporte normal de passageiros”, revelou à Lusa fonte da empresa proprietária do veículo, esclarecendo que não se tratava de uma viatura exclusivamente destinada ao transporte de crianças.

O acidente ocorreu cerca das 08:25, entre Algarvia e Feteira, quando o autocarro foi apanhado por uma enxurrada, tendo sido arrastado para um local de “difícil acesso”, segundo os bombeiros.

Duas das crianças foram transportadas para o Centro de Saúde do Nordeste, uma com fratura numa perna e outra com hipotermina.

Segundo uma fonte da Protecção Civil, estas duas crianças terão afirmado aos médicos que permaneciam no autocarro o motorista e a outra criança.

A fonte revelou, no entanto, que os bombeiros, quando conseguiram chegar ao local, “não encontraram ninguém no interior do autocarro”.

Por essa razão, estão dados como “desaparecidos”.

O Governo Regional dos Açores já abriu um inquérito para apurar as causas deste acidente, que envolveu uma viatura de uma empresa privada.

“O governo, através do Serviço Coordenador dos Transportes Terrestres, ordenou a abertura de um processo à empresa proprietária do transporte coletivo de passageiros para apurar as circunstâncias que estiveram na origem do acidente com um autocarro no Nordeste”, refere uma nota divulgada pela Secretaria Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos.

Na sequência deste acidente, o governo regional decidiu, “por precaução”, suspender temporariamente todo o transporte coletivo regular de passageiros, incluindo o transporte escolar, nas ligações entre a freguesia das Furnas e a vila da Povoação, devido às condições meteorológicas adversas.