Centro de Atletismo de Famalicão será “dos melhores do país”
2023-08-12 às 06h00
Entre os projectos futuros da AEB está a criação de uma incubadora de negócios. A par desta novidade, o presidente da AEB revelou a aposta num Tribunal Arbitral para empresas.
P - Recentemente Governo lançou o cheque de formação digital para 25 mil trabalhadores. A AEB apoia a formação de trabalhadores. ?
R - Sem dúvida. A formação é um foco muito importante da AEB. Estamos a dinamizar o projecto de formação profissional ‘Emprego + Digital’ e vamos formar 580 trabalhadores.
P - Em Braga sente esse crescimento de empresas que apostam no mundo online?
R - Sim, temos muitos associados com lojas online. Temos também o ‘I Shop Braga’ que foi criado pela AEB e que engloba várias empresas numa só loja. É uma forma de apoiar empresas que não tinham essa capacidade de ter uma loja online, e aqui têm os seus produtos à venda no mundo digital. Hoje em dia uma empresa que não esteja presente na internet é quase como se não existisse, e o nosso papel é também ajudar nesse aspecto.
P - Havia candidaturas dos municípios de Braga e da Póvoa de Lanhoso ao projecto Bairros Comerciais Digitais. Como está esse processo que ia beneficiar de verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)?
R - Temos aprovado o projecto dos Bairros Comerciais Digitais para Braga com cerca de 1.3 milhões de euros, e o da Póvoa de Lanhoso em 943 mil euros. São projectos que infelizmente não chegam directamente às empresas, mas que vão ajudar a tornar as cidades mais digitais, e tornar a experiência de compra mais atractiva e digital.
P - Como vê a distribuição das verbas do PRR no âmbito das empresas ligadas à AEB?
R - O PRR foi desenhado para o Estado e quase nada para as empresas. Temos uma empresa de grande dimensão que recebeu um apoio do PRR, mas mais nenhuma empresa viu os seus projectos aprovados.
P - Existem outras formas de ir buscar verbas, fundos comunitários como com o PT 2030? Este programa tem financiamentos para as empresas do sector do comércio e turismo?
R - Pelo que percebemos existem no PT 2030 algumas candidaturas interessantes, mas neste momento o PT 2030 ainda não passou do papel.
P - Está preocupado com essa lentidão?
R - Sim, isto preocupa-me. As empresas estão neste momento num empasse enorme. O PT 2020 ainda não terminou, temos esta loucura de ter de gastar o dinheiro do PRR, e temos um PT 2030 para ser implementado. Os serviços do Estado não estão preparados para três projectos desta envergadura e quem sofre são as empresas que estão com projectos na gaveta.
P- Com o conflito na Ucrânia, a subida das taxas de juro, a inflação galopante, o impacto no sector do comércio têm-se feito sentir agora neste ano de 2023?
R - Assistimos no 1.º e 2.º trimestre a um crescimento acima da média nacional nos sectores de comércio e serviços, restauração e alojamento, mas se separarmos o 1.º do 2.º trimestre já notamos algum abrandamento. No alojamento tivemos um crescimento de cerca de 9% no 1.º trimestre e notamos um quebra para 2% no 2.º trimestre. Na restauração e comércio sente-se menos. No comércio no 1.º trimestre houve um crescimento de cerca de 45%, e no 2.º trimestre já baixou para 26%, mas estes são ainda crescimentos acentuados. Mas preocupa-me esta quebra significativa de 45% para 26%.
P - A promoção de eventos e actividades por parte da AEB é uma ajuda para os empresários?
R - Sem dúvida. Eventos como as Tardes Gulosas, Os Amigos do Café, as Sugestões do Chef, a Rota da Cerveja, o Verde Cool, o Desfile de Moda Braga são uma alavanca importantíssima. Em Setembro vamos promover o Verde Cool, em Outubro o Desfile de Moda Braga. São actividades que promovemos fora da época alta, em que o consumo tem tendência a diminuir. A título de exemplo, com a Semana Santa, Braga Romana, S. João, Vinho Verde Fest, e a Noite Branca estimamos um retorno económico de cerca de 70 milhões de euros.
P- A actual conjectura não é favorável ao sector do comércio e serviços, sente que ainda estamos muito dependentes do turismo?
R - Continuamos dependentes do turismo, mas Braga está cada vez mais atractiva, e conseguimos atrair cada vez mais turistas com poder económico.
P - O ambiente é favorável à criação de novas unidades hoteleiras?
R - O ambiente é favorável, mas faltam na região unidades hoteleiras de grande dimensão para receber grandes grupos. Se conseguirmos atrair as grandes insígnias da hotelaria, elas próprias conseguirão atrair clientes, e é importante vender Braga como um todo, com toda a sua envolvente, as praias, o Gerês, o Minho.
P - Como vê as restrições ao Alojamento Local (AL)?
R - Como uma medida sem nexo. Não vai ser o AL que vai resolver os problemas da habitação nas cidades, muito menos em Braga onde o AL tem um valor residual.
P - Como olha para a abertura e encerramento frequente de estabelecimentos comerciais no centro da cidade?
R - O comércio é um sector mais fácil para arriscar na abertura de um negócio. Neste momento temos um projecto em mente para a criação de uma incubadora de negócios. A ideia é que os nossos formandos possam ter um espaço para testar os seus negócios antes de partir para a criação da própria empresa. É um projecto que estamos a estruturar.
P - Faz falta um novo parque industrial em Braga?
R - Faz falta um grande parque industrial em Braga. A meu ver esse tem de ser um parque industrial municipal, só assim vamos conseguir atrair grandes empresas na área da indústria. Na nossa opinião a melhor localização para esse parque industrial seria na zona de Semelhe e Gondizalves, onde será a passagem do TGV.
16 Novembro 2024
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