Matheus vezes 400
2018-10-23 às 06h00
Agrupamento de Escolas de Real optou por aulas de 50 minutos para o 2.º e 3.º ciclos e prolongou o tempo lectivo até às 13 horas no 1.º ciclo de forma a rentabilizar a componente lectiva e o rendimento cognitivo dos alunos.
Em ano de generalização da autonomia e flexibilidade a todas as escolas, o Agrupamento de Real optou pela matriz dos 50 minutos, acabando com os blocos de 90 minutos.
Antes da mudança e para avaliar a melhor forma de rentabilizar a matriz, foi feito um estudo prévio para avaliar o seu impacto na componente não lectiva, nos horários dos professores e dos alunos, explica a directora do Agrupamento, Zita Esteves, dando conta da conclusão de que a matriz de 50 minutos em todas as disciplinas “seria a mais benéfica”.
Zita Esteves garante que foram auscultados todos os grupos disciplinares e departamentos. “Foram eles a definir a melhor forma de rentabilizar a matriz” reforça a directora, revelando o “feedback positivo de professores e alunos”.
“Os alunos reagem melhor que aos blocos de 90 minutos e mesmo quando há 50+50 minutos da mesma disciplina, há sempre um intervalo” exemplifica.
No 1.º ciclo do ensino básico, e para rentabilizar a componente lectiva de alunos e professores, a decisão foi prolongar o tempo lectivo até às 13 horas, o que já se revelou uma mais-valia, confirma Zita Esteves, que dá conta, também, da boa aceitação dos pais.
A tarde é para as expressões, através das actividades de enriquecimento curricular.
“As crianças têm mais rendimento cognitivo de manhã, é uma forma de o rentabilizar” explica a directora do Agrupamento que remete um balanço para o final do corrente ano lectivo.
Em matéria de flexibilização, há ainda “todo um caminho a fazer” afirma Zita Esteves que defende que “as inovações têm que ter um tempo de aceitação” e que as escolas não têm que estar preocupadas em copiar o que outras fazem.
“Cada escola, cada agrupamento é uma realidade única e é em função dela que devemos tomar as decisões” assume a directora do Agrupamento de Real que admite que “a flexibilização será uma realidade a curto prazo, mas terá que ser estudada para perceber a melhor forma de a aplicar no nosso contexto”.
Quanto aos novos normativos para uma escola inclusiva, o Agrupamento de Escolas de Real já os trabalha há muito em nome de “uma escola de todos os valores e de todas as cores”.
Neste contexto, Zita Esteves aponta a necessidade de observar e incorporar todo o conhecimento que já resulta da prática de encontro ao que os normativos impõem.
A dirigente lembra que “a inclusão não é só para aqueles que têm alguma deficiência ou alguma especificidade, mas para todos”, o que “implica conhecer a realidade do aluno e dar-lhe o apoio que ele precisa”. Também nesta matéria, o Agrupamento está a reflectir. “Queremos fazê-lo da melhor forma. É aqui que reside a autonomia” realça.
Conselho consultivo ajuda a reflectir sobre o Agrupamento
A direcção do Agrupamento de Escolas de Real conta, a partir deste ano lectivo, com o apoio de um Conselho Consultivo que acaba de ser constituido.
No Conselho Consultivo têm assento 11 pessoas: três encarregados de educação que não integram qualquer órgão da escola; três professores dos diferentes níveis de ensino; dois alunos (do 5.º e do 8.º ano) e dois funcionários.
A directora do Agrupamento, Zita Esteves, assume a escolha dos elementos do Conselho Consultivo que pretende ser um órgão de apoio na reflexão sobre o Agrupamento.
“Um órgão que me ajude a decidir e que me dê opinião sobre o que cada elemento conhece do Agrupamento” explica a directora para quem “ouvir é a palavra de ordem” defendendo que “é sempre bom ter a percepção dos diferentes agentes da comunidade educativa para ter respostas adequadas às situações”.
Uma das matérias que preocupa Zita Esteves é a participação dos pais na escola.
A legislação prevê que os pais e os alunos tenham intervenção directa na planificação. Neste contexto, a directora do Agrupamento acredita que as suas vivências e a sua percepção podem ajudar.
O Conselho Consultivo deverá reunir uma vez por mês, mas pode reunir as vezes que entenda necessário, salvaguarda a directora do Agrupamento, que sublinha que “a escola somos todos. pais, alunos, professores e funcionários”.
Sala recreativa propõe ocupação criativa dos alunos
Os alunos da EB 2,3 de Real, escola-sede do Agrupamento, dispõem, este ano lectivo, de uma sala recreativa, onde podem ocupar o tempo livre de forma criativa, com acesso a diversos materiais e sob orientação de professores.
“Há alunos que vêm mais cedo para a escola e é uma forma de ocuparem o seu tempo” explica a directora do Agrupamento, Zita Esteves.
Para criar a sala recreativa, foi preciso abdicar de uma sala de aula, mas o benefício justifica, reforça a directora.
É também nesta sala que estão os professores da bolsa de substituição que garantem as aulas em caso de ausência de algum professor.
Esta sala foi criada para não interferir com a sala de estudo, onde decorrem grupos de apoio com professores residentes de diferentes áreas disciplinares que ajudam os alunos nas suas dúvidas e na realização de trabalhos.
Com a sala recreativa, já são duas as salas de aula de que foi preciso abdicar depois de, no ano passado, outro espaço lectivo ter sido convertido na ‘sala snoezelen’ que é utilizada pelas unidades multideficiência do Agrupamento e por requisição externa.
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