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Agrupamentos de escuteiros são ´laboratórios de experiências´

Entrevistas

2018-03-12 às 06h00

Patrícia Sousa Patrícia Sousa

Fundado há mais de 70 anos o Agrupamento n.º 671 - Lomar conta, actualmente, com mais de 100 escuteiros. União e espírito de equipa dos elementos da direcção são segredo do sucesso.

Citação

Fundado há mais de 70 anos, o Agrupamento n.º 671 - Lomar conta actualmente com mais de 100 escuteiros distribuídos pelas quatros secções. A conquista de tantos elementos deve-se ao facto do agrupamento ser uma pequena caixa de experiências ou mesmo um laboratório de experiências, onde tudo é possível, garantiu o chefe de agrupamento adjunto, Jorge Coelho.
Tudo começou em Maio de 1945, data a partir da qual um grupo de 13 rapazes se reunia às quintas-feiras com o chefe Manuel Macedo, tendo feito promessa no dia 8 de Dezembro desse ano. O segredo do sucesso continua a ser o dar às crianças e jovens o que eles querem. E a chefe de agrupamento, Cátia Pereira, que também falou à rádio Antena Minho no programa As Nossas Raízes, explicou: a aventura é o maior aliciante do escutismo e nós conseguimos dar o que eles não têm em casa. E é nos escuteiros também que os mais novos ficam sem telemóvel, sem computador ou sem televisão, porque a essência do escutismo é a natureza, acrescentou Jorge Coelho, acreditando mesmo que nos escuteiros os miúdos podem ser o que eles quiserem, porque todas as actividades têm um imaginário escolhido por eles.
Não é fácil lidar com tantas crianças e jovens, mas a sorte é que a equipa da direcção é coesa e unida, sempre alerta para servir. E os chefes do agrupamento foram ainda mais longe: todos juntos conseguimos tudo, a interajuda e o sacrifício pelo outro está sempre presente no nosso agrupamento.

A figura do irmão mais velho, tão presente no movimento escutista, aqui é levada à risca. Tivemos até há pouco tempo o chefe Adriano, que nos deixou esse legado, esta união e não podemos esquecer nunca. Sempre que alguma coisa está a correr mal pensamos muito nele e em tudo que ele nos ensinou, confidenciaram aquele dirigentes, ainda aos microfones da rádio Antena Minho, confessando que o chefe, que entretanto faleceu, era uma pessoa muito especial, que lhes dava orientação espiritual. Cátia e Jorge lembraram ainda todos os outros chefes que já passaram pelo agrupamento. O actual assistente de agrupamento, cónego Roberto Mariz, também não foi esquecido. Está sempre pronto para ajudar e sempre que precisamos reúne connosco, frisaram os dirigentes. É o irmão mais velho que também ajuda os miúdos a desenrascarem-se. No dia à dia não há impossível e se há ultrapassamos tudo. Se não há talheres, desenrascamos com um pau, exemplificaram. Pela vida fora, acrescentaram os chefes, o escutismo dá a bagagem que nos falta no dia a dia.
Para a chefe de agrupamento, Cátia Pereira, esta aventura começou há 20 anos. A também chefe dos Exploradores confirmou que é na II Secção que os elementos ganham e aprendem a verdadeira essência do escutismo. Já o chefe de agrupamento adjunto, Jorge Coelho, que também é o chefe dos Pioneiros, foi Explorador, mas acabou por sair do agrupamento. Mais tarde, regressou quando o filho entrou para os Lobitos. Trabalhar com a III Secção é um desafio constante, dá muito trabalho e é complicado, mas é gratificante, assumiu.

Ter uma sede nova continua a ser um sonho

A antiga igreja de Lomar é a actual sede do agrupamento n.º 671, mas os mais de 100 elementos que fazem parte do movimento acabam por fazer da sede um espaço “muito pequeno”.
Próximo passo é construir a nova sede num terreno cedido pela paróquia.
Com sede na antiga igreja de Lomar, o Agrupamento n.º 671 continua a debater-se com falta de espaço. Em mãos, a direcção tem a construção de uma nova sede. “Para desenvolver o trabalho é fundamental ter um espaço físico agradável”, confidenciaram a chefe de agrupamento, Cátia Pereira e o chefe de agrupamento adjunto, Jorge Coelho, durante o programa ‘As Nossas Raízes’ da rádio Antena Minho.

“É uma situação muito complicada, até porque os Pioneiros (III Secção), como são muitos, já têm reuniões numa sala disponibilizada na igreja nova, o que não é positivo nem nada pedagógico, admitiu o chefe de agrupamento adjunto que é também dirigente da III Secção.
O sonho de qualquer agrupamento é ter uma sede com condições. “Temos espaço atrás da actual capela mortuária, mas todo este processo envolve muita burocracia. O projecto até já foi apresentado aos pais e à comunidade, por isso, acreditamos que com boa vontade vamos conseguir ter uma sede nova”, sublinharam ainda os chefes, adiantando que, neste momento, se está à espera de uma reunião com o arquitecto. “Este ano contamos nos debruçar a sério para obra arrancar”, assumiram.

Entretanto, os escuteiros têm duas casas, que foram deixadas por Isaura Ferreira. “Um dia podem ser vendidas e isso pode perfeitamente ajudar a fazer a nova sede”, frisaram os dirigentes, destacando ainda as actividades de angariação de fundos. “Já organizamos algumas actividades de angariação de verbas que permitem a sustentabilidade financeira do agrupamento”, confirmaram.
E sobre as actividades, os chefes do agrupamento admitiram que são muitas, desde o âmbito nacional, regional, de núcleo, de agrupamento e até de secção. “Tentamos participar em todas, porque são uma mais-valia para os escuteiros. Temos sempre um acampamento de agrupamento e cada secção também organiza um acampamento ou acantonamento por ano escutista”, explicaram.
De acordo com a lei, hoje os escuteiros só podem acampar em locais autorizados, “perdendo-se o espírito de aventura, de desenrasque e o convívio com a natureza que são a base do escutismo”, lamentaram.

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