Alberto Martins é o novo presidente do Conselho Geral da Universidade do Minho, tendo sido ontem eleito com 15 dos 18 membros do órgão presentes na reunião em que também foram aprovadas alterações ao regulamento, calendário e comissão eleitoral.
Natural de Guimarães, Alberto Martins presidiu à Associação Académica de Coimbra em 1969, eleito numa lista que interrompeu quatro anos de comissões nomeadas pelo Governo de Marcelo Caetano, tendo sido protagonista do eclodir da ‘crise académica’ de 1969.
Após a Revolução de 25 de Abril de 1974, foi deputado do PS na Assembleia da República durante 30 anos, ministro da Reforma do Estado e da Administração Pública e ministro da Justiça.
Sucede na presidência do Conselho Geral da Universidade do Minho a Joana Marques Vidal, que faleceu em Julho deste ano.

Logo após ter sido eleito, Alberto Martins definiu como prioridade, no curto espaço de tempo que resta do actual mandato, aprovar a revisão dos estatutos da Universidade do Minho, matéria que esteve ontem em discussão no Conselho Geral.
O novo presidente do Conselho Geral confessou ser “uma honra participar na vida da Universidade do Minho, uma instituição de grande prestígio na sociedade portuguesa’, reconhecendo que esta “tem à sua frente um grande futuro ao nível da investigação científica, da difusão do saber e da inserção na comunidade”.
Momentos antes, após ter sido empossado como elemento externo cooptado do Conselho Geral, manifestou o propósito de “ajudar a projectar ainda mais e melhor e com mais qualidade do que aquela elevada que já tem a Universidade do Minho”.

Realçou que “as universidades são das instituições mais importantes na democracia” e que “a Universidade do Minho é uma universidade com grande significado, com grande complexidade, com uma realidade ao nível democrático policêntrico”.
Victor Soares, membro do Conselho Geral em representação do pessoal técnico, administrativo e de gestão, destacou o “simbolismo” da eleição de Alberto Martins para a presidência do Conselho Geral da Universidade do Minho, dado o contributo dado pelo advogado e político vimaranense em “defesa da cultura do espírito democrático”.
João Maré foi ontem também empossado membro do Conselho Geral em representação dos estudantes, substituindo Joana Fraga.