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2024-05-11 às 10h14
‘Debaixo do Tapete’, um documentário elaborado por Catarina Demony, descendente de antigos comerciantes de escravos, foi ontem no IPCA, em Barcelos, mote para debate sobre racismo.
“Um pedido de desculpas seria um bom começo”, declarou em Barcelos a jornalista Catarina Demony. Entre os comerciantes de escravos nos séculos XVIII e XIX, em Angola, estiveram os Matoso de Andrade e Câmara.
Descendente daquela família, Catarina, que conheceu os factos ainda na adolescência, começou em 2018 a investigar arquivos e decidiu produzir 'Debaixo do Tapete', documentário realizado por Carlos Costa.
No IPCA - Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, aquele documentário foi ontem motivo de debate, promovido pela SOS Racismo, no âmbito da MICAR - Mostra Internacional de Cinema Anti-Racista
A professora do IPCA Suzana Dias, nascida em Angola, levou os alunos a assistir , numa sessão em que estiveram Catarina Demony e duas activistas do SOS?Racismo: Kitty Furtado e Marta Pereira.
Entrevistadas, a avó e a bisavó de Catarina dão testemunhos de dor. “Dói-me. Para mim, é impossível escravizar”, diz a avó.
Além de evidenciar a riqueza que várias famílias acumularam a negociar escravos, ‘Debaixo do Tapete’ demonstra ainda nos tempos actuais a persistência de racismo, destacando-se casos de homicídio motivados por ódio ao negro.
Em 2009, um agente da PSP?baleou na cabeça Edson Sanches, um jovem de 14 anos mais conhecido como Kuku. Mesmo tendo sido demonstrado que, ao contrário do que alegou o agente da PSP, Kuku estava desarmado, o autor do disparo foi absolvido.
Em 2020, em Moscavide, um antigo combatente assassinou Bruno Candé. O homicida foi condenado a cumprir uma pena de 22 anos de prisão.
Outros depoimentos dão conta de persistência de racismo em questões acesso a emprego ou à habitação.
No debate, Kitty Furtado, investigadora do e activista, aponta as propostas da denominada ‘Declaração do Porto’ como uma possível via para a reparação. Por sua vez, Marta Pereira aludiu às recentes declarações do Presidente da República que “fez sair o tema de debaixo do tapete”.
Estudantes colocaram diversas questões.
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