Roberto Martínez avisa para Polónia "forte" com individualidades e que "assume o risco"
2023-09-25 às 06h00
António Marquez Filipe, presidente da Associação de Empresas de Vinho do Porto, analisou o momento actual da produ-ção e do negócio do vinho do Porto e do DOC Douro. José Manuel Fernandes questiona porque não há mais ajudas e soluções.
António Marquez Filipe, presidente da Associação de Empresas de Vinho do Porto, foi o convidado do eurodeputado José Manuel Fernandes e do jornalista Paulo Monteiro em mais uma edição do programa ‘Da Europa para o Minho’, da rádio Antena Minho, tendo traçado o momento actual da produção e negócio do vinho do Porto e do DOC Douro, analisando as dificuldades que o mercado tem colocado a um sector que, afirma, tem decrescido no volume devendas, mas tem aumentado no valor vendido.
O vinho do Porto é uma das imagens do nosso país um pouco por todo o Mundo. França é, neste momento, o maior consumidor de vinho do Porto, seguida de Portugal, Holanda, Reino Unido, Bélgica e Estados Unidos da América. França tomou o lugar do Reino Unido, nos anos 60, como maior consumidor de vinho do Porto.
A defesa da agricultura e, neste caso, da produção do vinho do Porto, tem sido um dos pontos fulcrais da ‘luta’ do eurodeputado José Manuel Fernandes na Europa e o próprio lembra o ridículo e radical que é haver quem queria colocar rótulos com mensagens negativas nas garrafas de vinho, o que vai ter certamente implicância no negócio do vinho e mesmo na agricultura no seu geral.
E afirma-se completamente estupefacto com algumas situações: “como é possível termos um quadro regulamentar que data de 1933 neste caso do vinho do Porto? O que aconteceu? Falta de vontade política, inércia institucional? Às vezes parece- -me que não temos ministério da Agricultura porque não percebe as mais-valias que temos, a competitividade que é necessário dar, a importância para a coesão territorial, a importância do vinho do Porto para o turismo e para a paisagem…”.
E, por sua vez, António Marquez Filipe lembra também que “se não fossem os pequenos lavradores que cuidam da paisagem, o Douro não seria Património Mundial da UNESCO desde 2001 e não teria o turismo de qualidade que tem. Investimentos que têm sido realizados são investimentos de qualidade. E esse é o caminho certo para o turismo”. E refere também ser “preocupante a visão que este governo e governos anteriores tiveram na menorização da relevância do ministério da Agricultura. A perda de competências que se verificou nos últimos anos é uma prova da falta de interesse e até da falta de visão”.
José Manuel Fernandes lançou o desafio de um acordo entre UE e Mercosul poder ser muito benéfica para a agricultura e, neste caso, o vinho do Porto.
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