A fasquia já está a ficar elevada, mas o sonho passa por atingir “um patamar de excelência” no atletismo nacional. O GDR Santa Tecla tem sido uma das surpresas no último ano na modalidade, com resultados que colo- cam o clube a ‘morder os calcanhares’ aos três grandes no top 5 nacional. Esta época - que começou em Outubro - a aposta foi reforçada, com nomes de peso, numa mistura de experiência com juventude nas duas equipas do clube: seniores e veteranos.
“A secção foi reactivada, no ano passado, e conseguimos resultados interessante para um primeiro ano e, este ano, a ideia foi apostar mais um bocadinho, arrancámos bem e queremos dar continuidade no restante período da época. O balanço é positivo, conseguimos bons resultados a nível regional, surpreendentemente foi o ano zero e conseguimos mesmo assim mostrar-nos à região. Para muita gente era um ano e depois o Santa Tecla acabava, mas mostrámos que viemos para ficar. Por termos feito uma época excelente no ano passado, a concorrência reforçou-se bastante, obrigaram-nos a reforçar também ainda melhor e o objectivo é cimentar, não só a nível regional, mas nacional, para levarmos o nome do clube ainda mais longe”, contou Alexandre Martins, director do GDR Santa Tecla, um dos convidados do programa Fórum Desporto, da Rádio Antena Minho, lembrando as metas para esta época.
“Começámos com o regional de corta-mato longo, já tínhamos alcançado o segundo lugar, no ano transacto, e este ano queremos voltar a conseguir essa posição, sendo que a ideia é diminuir a distância para o SC Braga, que é um colosso no atletismo a nível nacional. Há duas semanas, tivemos o nacional e voltámos a por o nome do clube bem alto, num campeonato nacional com equipas como o SC Braga, Benfica e Sporting conseguimos um 5.º lugar, a nove pontos do 4.º lugar e estamos aí para as pessoas fixarem o nosso nome”, frisou o director, considerando ser “um bom prenúncio para o que pode ser esta época”.
Por enquanto, o clube tem apenas equipas de veteranos e seniores - com 16 atletas -, mas a curto prazo o objectivo será abrir portas à formação: “já foi falado, até o feminino também, mas para as coisas serem bem construídas temos que cimentar bem a parte da equipa masculina e a seu tempo, passo a passo, pensaremos nesses projectos futuros”.
Alexandre Martins deixou ainda uma palavra de apoio aos patrocinadores, “sem eles não conseguiríamos ser competitivos” e lembrou ser urgente uma mudança de paradigma na modalidade. “Gostava que se olhasse de outra forma para o atletismo. Um atleta tem que ganhar dinheiro. As pessoas gostam de ligar a televisão e ver os Jogos Olímpicos e criticam não termos atletas, nem medalhas, mas precisamos de mais para evoluir. De mais atletas e para isso é preciso investir na modalidade desde pequenos e, por outro lado, o atleta tem que se sentir valorizado e ser pago”, frisou.