Vila Praia de Âncora assinala centenário
2020-05-31 às 06h00
Paulo Portas considera que Portugal deve “apostar num caso de competitividade selectiva” que lhe permita disputar a atracção de investimento externo com os países do centro e do leste da Europa.
É sobretudo com os países do centro e do leste da Europa que Portugal vai ter de competir no contexto da retoma económica. Essa é perspectiva do antigo ministro Paulo Portas, o convidado do primeiro de quatro ‘webinares’ sobre o temática ‘Este-Oeste: os desafios da economia’, dinamizados pela N-Advogados e o escritório espanhol, Legal 21 Abogados, em parceria com a Associação Comercial de Braga e a InvestBraga.
Anunciado o plano de recuperação para a União Europeia, envolvendo 750 mil milhões de euros, Paulo Portas considera que Portugal tem se preocupar-se já com duas coisas.
Primeiro, o país tem garantir que os programas a que se vai candidatar sejam “simples e ágeis” porque o “tempo de execução é curto”.
Em segundo, o Governo, ouvindo o sector privado que é quem é o agente de transformação, deve apostar na criação de um caso de competitividade selectivo, agressivo, para atrair capital, para atrair investimento para a nossa economia.
“Nós todos sabemos do nosso défice de capital e portanto precisamos de atrair investimento”, considera Paulo Portas.
Para atrair investimento, Portugal vai ter de competir, sobretudo com os países do centro e do leste da Europa”, antevê Paulo Portas, alertando que são países com regimes fiscais mais favoráveis do que o nosso, com regimes laboais mais flexíveis do que o nosso, e que tem uma política de licenciamentos mais ágil.
Sem esquecer que “são precisamente os países que na Europa tiveram melhor desempenho em termos de pandemia”.
“Nós tendemos a achar que nós é que estamos bem. Estamos muito bem em relação à Itália, a Espanha e a França, mas basta consultar o número para perceber que podíamos estar tão bem como a Áustria, a República Checa, a Eslováquia, a Eslovénia, a Dinamarca, a Noruega, a Finlândia, os Países Bálticos ou como a Hungria, porque correu-lhes bem a gestão da epidemia e têm tendencialmente quadros macroeconómicos e níveis de flexibilidade que são muito competitivos”.
Portanto, “quando um investidor europeu quiser abrir uma boa fábrica para integrar uma das etapas do processo de produção em massa, por exemplo de fármacos, de certeza que poderá pensar em Portugal, mas vai também penar noutras ofertas que vão ser feitas ao mesmo tempo”, exemplificou.
A captação de investimento é assim apontada, pragmaticamente, como “a prioridade para o dia seguinte”, sobretudo porque a pandemia deixou muito investimento externo em suspenso.
“Ao abrir progressivamente, temos de nos dedicar a ir buscar capital para impulsionar parcerias com empresas portuguesas e favorecer as empresas consigam capitalizar-se e ser uma parte essencial de um 2020 que não vai ser brilhante, mas de um 2021 que se espera que seja melhor”, referiu.
Quanto às áreas que se apresentam como mais apetecíveis para a captação de investimento, Portas elencou aquelas que estão sob o chapéu da transição energética, sob o chapéu e conteúdo da transição digital, sob o chapéu da saúde, investigação, desenvolvimento e inovação.
Paulo Portas notou ainda que a UE “não vai querer ser novamente apanhada desprotegida” no que respeita a equipamentos ligados à área dos cuidados de saúde, como ventiladores, e material de protecção individual, como nesta pandemia.
13 Março 2024
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