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2025-04-12 às 06h00
O Dia Nacional do Ar foi assinalado com uma sessão que veio lembrar o papel determinante da qualidade do ar na saúde e na qualidade de vida. Em Braga, o reforço da mobilidade sustentável e da biodiversidade são apontadas como estratégicas.
‘Melhor Ar Melhor Saúde’ foi o mote da sessão que ontem assinalou o Dia Nacional do Ar no Forum Braga. Promovida pelo Município de Braga, em parceria com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), a sessão veio alertar para os riscos associados à má qualidade do ar, nomeadamente, ao nível da saúde humana. De acordo com Ricardo Rio, presidente da câmara de Braga, apesar do crescimento económico e populacional, a cidade tem registado nos últimos anos “uma evolução francamente positiva”, justificada pelas “políticas públicas”. A mobilidade foi apontada como a principal causa da poluição, e o investimento em projectos de mobilidade sustentável, como o BRT e o reforço de ecovias, foi considerado decisivo.
No dia de hoje, 12 de Abril, celebra-se o Dia Nacional do Ar, efeméride instituída com o intuito de destacar a importância da qualidade do ar e sensibilizar a população para a necessidade de proteger este recurso indispensável à vida. O Município de Braga, em parceria com APA, assinalou ontem a data com uma sessão que contou com a presença do Conselho Português para a Saúde e Ambiente, da Direcção-Geral de Saúde, e da Sociedade Portuguesa de Pneumologia Pediátrica e do Sono da Sociedade Portuguesa de Pediatria.
A relação que existe entre a qualidade do ar e os níveis de saúde pública foi sublinhada pelo autarca de Braga, que lembrou que a Comissão Europeia apresentou, num passado recente, uma acção contra Portugal devido à má qualidade do ar causada por níveis elevados de dióxido de azoto em Lisboa, Porto e Braga. “Tivemos de accionar respostas concretas para mitigar essa mesma realidade”, afirmou, acrescentando que “hoje, felizmente, apesar desse crescimento, quer em termos económicos, quer em termos populacionais, Braga tem vindo a registrar uma evolução francamente positiva nessa matéria”, assegurou.
A melhoria, segundo o Ricardo Rio, justifica-se com a aposta em “políticas públicas, e pela crescente sensibilização de todos os agentes, quer no tecido empresarial, quer da própria população, para adoptarem práticas cada vez mais sustentáveis”.
Como questão central no que toca à qualidade do ar surge a mobilidade, sendo o uso de viatura própria o maior factor poluente. “Nos últimos anos, temos investido na promoção de uma mobilidade mais sustentável no nosso território, renovando a nossa frota de transportes públicos, que hoje, já é movida, em mais de 50%, a energia eléctrica, portanto, amiga do meio ambiente. Estamos a desenvolver o projecto BRT, que será também um factor transformador dessa mesma mobilidade”, notou Ricardo Rio, salientando ainda a aposta no “alargamento da rede de ciclovias em toda a malha urbana”.
A par do reforço da mobilidade sustentável, o presidente da câmara de Braga referiu a importância da biodiversidade, nomeadamente, com “a manutenção e criação de espaços ver- des”. “Temos que pegar na estrutura urbana que existe para tentar reinventá-la, não é propriamente desenhar um espaço de raiz. Braga, felizmente, enquanto concelho, tem áreas absolutamente notáveis, como os Sacramontes, as praias fluviais com bandeira azul, o Parque da Rodovia, o Parque de São João da Ponte, ou o Parque das Sete Fontes, que tem vindo a dar passos firmes também para a sua concretização”, elencou.
Com a conjugação destas duas dinâmicas, Ricardo Rio mostrou-se confiante na melhoria da qualidade do ar no futuro, desejando que Braga se torne numa “referência, à escala nacional e internacional, de boas práticas públicas”.
Por sua vez, José Pimenta Machado, presidente da APA, notou que existem “desafios pela frente”, em particular, nos centros urbanos, onde a maior densidade populacional e a utilização de viatura própria tem consequências severas nos níveis de qualidade do ar. O presidente da APA destacou a relação causa-efeito entre a qualidade do ar e o número de mortes, afirmando que “em Portugal a poluição do ar é responsável por cerca de 6000 mortes por ano, e na União Europeia esse número ronda as cerca de 240 mil pessoas”.
Entre as medidas que urge pôr em prática, José Pimenta Machado destacou a aposta no transporte público e na mobilidade sustentável com a utilização de bicicletas ou o próprio caminhar. A mudança de hábitos por parte da população é assim decisiva para a melhoria da qualidade do ar, tendo o presidente da APA deixado um apelo à comunidade médica no sentido de sensibilizar a sociedade.
19 Maio 2025
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