Silas: “Esperamos um jogo difícil e aberto”
2021-01-15 às 10h00
O cenário repete-se. Cabeleireiros, esteticistas e barbeiros vão fechar portas mais uma vez, e muitos receiam pelo futuro dos negócios. Estes profissionais sentem-se injustiçados, defendendo que tinham todas as condições para trabalhar em segurança.
Esta semana cabeleireiros, serviços de estética e barbeiros não tiveram mãos a medir. O confinamento anunciado pelo Governo levou muitos clientes antecipar marcações. Um cenário que vai contrastar com salões vazios que estão obrigados, a partir de hoje, a encerrar portas.
Alda Quintas é proprietária de um cabeleireiro e estética contou ao ‘Correio do Minho’ que “estávamos agora a levantar um bocadinho e voltamos a cair. Vão ser tempos difíceis, sem facturar e as despesas são fixas ao final do mês”.
Para Alda Quintas é incompreensível que este sector de actividade volte a ser ‘castigado’. “Não dá para entender muito bem. Não há um contacto directo com a pessoa, trabalhamos por marcação e temos dois a três clientes no máximo cá dentro,”, explicou Alda Quintas enquanto cortava o cabelo a um cliente que também foi dizendo que “nos hipermercados é que se vêem multidões e não faz sentidos encerrar estes serviços”.
“Não tenho palavras para descrever este momento”, confessou a cabeleireira Cristina Moita. “É frustrante estarmos a trabalhar com todas as condições e sentirmos que por causa de algumas pessoas que não respeitaram as medidas vamos ter que confinar. É muito triste!”
Cristina Moita afirmou que fez “um investimento inicial para podermos atender os clientes com toda a segurança, continuamos a fazê-lo, não há grandes casos nos cabeleiros e temos todos os cuidados de desinfectar tudo, de acordo com as recomendações da Direcção Geral de Saúde, e agora todo o investimento foi em vão”, lamentou.
‘Revoltada’ com a falta de cumprimento da generalidade das pessoas, a expectativa de Cristina Moita é que “toda a gente cumpra as regras, de uma vez por todas, que respeite o que é exigido para conseguirmos superar esta situação”.
Também a esteticista Cláudia Ferreira considera “injusto” este encerramento, justificando que “temos tido todos os cuidados, com um número limitado de pessoas no interior e os apoios do Estado têm sido quase nulos”, lembrando que na estética “atendemos um cliente de cada vez, respeitando todas as normas de higiene e segurança. Há medidas incompreensíveis, se por um lado, deixam ter igrejas cheias de gente rezar, por outro lado, nós não podemos trabalhar”.
À pergunta como serão os próximos tempos, Cláudia Ferreira contou que vai sobreviver “com o apoio dos clientes que compram cremes sem precisar, com o apoio da família e fazendo algumas restrições, sem cortar no essencial que é a alimentação”.
06 Março 2021
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