A Câmara de Braga está disponível para doar até 100 mil plantas e árvores autóctones a proprietários privados, desde que estes tenham terrenos com dimensão e devidamente limpos para acolher acções de plantação como a que ontem se realizou no Bom Jesus do Monte.
O repto aos privados foi lançado pelo vereador Altino Bessa, realçando que tem de haver o compromisso por parte do privado de garantir a manutenção e limpeza dos locais onde se realizem as plantações, para que as espécies infestantes não “abafem” as que vão ser plantadas.
“Fica o desafio para quem tem os terrenos privados e precise de plantas. Nós assegurados as plantas, através de parcerias ou de aquisição”, referiu o vereador, explicando que neste momento já não existem terrenos públicos com capacidade para acolher estas plantações. “Em termos de terrenos públicos está tudo plantado e massificado. Não temos terrenos públicos disponíveis para plantar assim, em larga escala”, referiu.
Altino Bessa falava aos jornalistas ontem de manhã, durante mais uma acção de plantação de árvores no Bom Jesus, desta vez realizada em parceria com a Associação Agir pelo Planeta, que doou 1500 árvores ao Município. Destas, 600 foram ontem plantadas no Bom Jesus, numa iniciativa que contou com a colaboração dos alunos de duas turmas (Turismo e Apoio à Gestão) da Profitecla. As restantes vão ser plantadas noutros locais nesta época de plantação. Se tal não se concretizar, vão ficar no viveiro da Câmara até Outubro ou Novembro, altura em que começa nova época de plantação.
Esta foi a segunda plantação promovida pelo Município naquele local do Bom Jesus, um terreno adquirido pela Confraria para expandir a mata do Bom Jesus, mas sobretudo para criar ali uma zona tampão, por baixo do antigo Hotel Mãe D’Água, que proteja este Património da Humanidade de incêndios como aquele que aconteceu a 15 de Outubro de 2017 e devastou a Falperra, tendo ficado às portas da estância.
O presidente da Confraria do Bom Jesus, o cónego Mário Martins, realçou o compromisso de manter limpa aquela área para as as árvores plantadas vinguem.
São cerca de três hectares onde antigamente existiam mimosas, acácias e eucaliptos, vegetação que foi limpa, tendo o terreno sido preparado para receber os carvalhos e sobreiros ontem plantados, na continuidade de outras actividades semelhantes que tem acontecido no local.