No ano em que se assinala o bicentenário do nascimento de Camilo Castelo Branco, as Caldas das Taipas acolhem uma exposição que demonstra a ligação íntima deste nome maior da literatura portuguesa a este local, com vários documentos e primeiras edições do autor.
A exposição está patente na loja de Carlos Marques - bem junto dos bombeiros da vila taipense - ele que é um aficionado do escritor e um coleccionador ávido de tudo o que envolva a memória e obra de Camilo Castelo Branco, como são o caso as várias primeiras edições de obras camilianas que estão disponibilizadas na exposição, com vários trechos em destacados que demonstram essa ligação.
Segundo o coleccionador, nesta exposição é possível “ficar a saber da proximidade do grande romancista da língua portuguesa àquela terra e da sua escrita à que é hoje intitulada Capital da Cutelaria, de muitos patrões e operários nas Caldas das Taipas, ou de Santo António das Caldas ou ainda de Santo António das Taipas, como o escritor lhe chamava”.
Carlos Marques recorda que é possível ver nas suas obras que Camilo Castelo Branco “foi por ali muito feliz, quando nos tempos amargurados de fuga à justiça, encontrou um bom amigo - como usam raramente ser os irmãos nos idos de 60 do século XIX - como chamava ao antropólogo e arqueólogo Martins Sarmento, com quem viria mais tarde a escrever o livro ‘Óbolo às Crianças’.
São várias as obras de Camilo Castelo Branco que fazem referência às Caldas das Taipas e aos taipenses, como o ‘Memórias do Cárcere’, o ‘Doze Casamentos Felizes’, ‘A Engeitada’, ou a obra ‘Bom Jesus no Monte’ e a ‘Viúva do Enforcado’, fruto de algumas das suas viagens pelo