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Cantinas escolares de Esposende não deitam sal a mais na sopa
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Cantinas escolares de Esposende não deitam sal a mais na sopa

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Cantinas escolares de Esposende não deitam sal a mais na sopa

As Nossas Escolas

2019-10-16 às 06h00

José Paulo Silva José Paulo Silva

Avaliação da quantidade de sal nas sopas servidas nas cantinas escolares de Esposende apresentam resultados positivos. Todas cumprem recomendações da Direcção Geral de Educação.

Citação

As 25 cantinas de jardins de infância e das escolas do 1º ciclo de escolaridade do concelho de Esposende servem sopas em respeito pelas recomendações da Direcção Geral da Educação no que diz respeito à quantidade de sal. A conclusão é de um estudo coordenado por João Silva, do ISAVE - Instituto Superior de Saúde, cujos resultados foram ontem divulgados no Centro de Promoção Ambiental, nas Marinhas.
De acordo com as amostras de sopas recolhidas no mês de Janeiro deste ano, todas as cantinas de estabelecimentos do ensino pré-escolar e do 1.º ciclo respeitam o limite máximo de 200 miligramas de sal numa dose.
Aquele investigador registou “pequenas variações entre cantinas que podem ser perfeitamente controladas com medidores padrão”.

As duas cantinas servidas com refeições confeccionadas por empresa exteriores apresentaram quantidades de sal mais elevadas nas sopas, em comparação com a média das restantes, mas dentro dos parâmetros recomendados oficialmente. João Silva entende que essas variações podem ser facilmente corrigidas.
O estudo de avaliação da quantidade de sal nas sopas das cantinas escolares, encomendado pela Câmara Municipal de Esposende, contou com a recolha de três amostras aleatórias em cada uma das 25 cantinas, realçando o seu autor “o efeito pedagógico que o estudo teve nas cozinheiras”, já que, em alguns casos, as quantidades de sal foram diminuindo ao longo do período de recolha das amostras.
Rui Lima, nutricionista da Direcção Geral da Educação, relevou ontem a importância de estudos localizados sobre as dietas das cantinas escolares, considerando que só a esta escala se consegue avaliar correctamente as recomendações e corrigir os seus eventuais incumprimentos.

No estudo realizado por João Silva foi também medida a quantidade de sopa servida nos jardins de infância e escolas de Esposende, alertando o investigador que a quantidade de sal é naturalmente maior em doses de sopa mais generosas.
Rita Pinheiro, do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), sublinhou, na sessão de apresentação do estudo, que o Município de Esposende tem apostado na alimentação saudável nas escolas e defendeu que, para resultados mais eficazes ao nível da mudança de hábitos, nomeadamente na redução do sal, é importante reeducar, tanto dentro como fora da escola.

‘Geração S’ defende o ambiente à mesa

O Plano de Sustentabilidade Alimentar de Esposende, ontem divulgado, procura levar às ementas das cantinnas escolares do concelho produtos locais do concelho, nomeadamente hortícolas e pescado. Com o Plano, denominado ‘Geração S’, a Câmara Municipal incentiva o consumo de produtos locais entre os alunos do ensino pré-escolar e do 1.º ciclo como forma de promover escolhas alimentares sauda?veis e, ao mesmo tempo, ambientalmente conscientes.

Apresentado no Centro de Educação Ambiental, nas Marinhas, na véspera do Dia Mundial da Alimentação, o ‘Geração S’ surge como contributo “para uma economia colaborativa e de consumo sustenta?vel”.
O Plano visa, igualmente, reduzir o desperdício alimentar e integrar nos currículos escolares temas ligados a? sustentabilidade alimentar.
Alexandra Roeger, vereadora da Câmara Municipal de Esposende com os pelouros do Ambiente e Saúde Pública, adiantou que o Plano ‘Geração S’ já tem vindo a ser implementado, nomeadamente com a criação de hortas escolares, a avaliação dos menus das cantinas e a formação de pessoal de cozinha.

“Este Plano agrega, de forma mais sustentada, tudo o que tem vindo a ser feito, trazendo projectos novos”, referiu a autarca, destacando a fomento de pequenos negócios ligados à filetagem e ao transporte de peixe capturado localmente, que possa ser incluído nas ementas dos jardins de infância e das escolas do 1º ciclo de escolaridade de Esposende.
Rui Lima, nutricionista da Direcção Geral da Educação, validou ontem o Plano de Sustentabilidade Alimentar como algo que pode ser replicado noutras comunidades.

Este especialista considera que projectos de pequena dimensão como o ‘Geração S’ permitem mais facilmente monitorizar e avaliar os impactos na saúde e no ambiente das dietas alimentares escolares, já que as mesmas podem ser decididas com recurso a produções locais.
No Plano ‘Geração S’, os responsáveis do Município de Esposende reconhecem que a forma como produzimos e consu- mimos alimentos influencia positiva ou negativamente fenómenos tais como as alterac?o?es clima?ticas, a poluic?a?o, a exausta?o dos recursos naturais e a perda de biodiversidade no território.

Pescado excedente da lota de Esposende chega às cantinas com ementas de ‘chefe’

O reaproveitamento de pescado excedente na lota de Esposende em ementas escolares através de um processo industrial de filetagem e métodos saudáveis e inovadores de conservação é um projectos diferenciadores do Plano de Sustentabilidade Alimentar de Esposende.
Com o envolvimento da Docapesca, Associação de Pescadores de Esposende, Instituto Politécnico de Viana do Castelo e do chefe de cozinha Mário Rodrigues, pretende-se contrariar as reticências da população escolar infantil às ementas à base de peixe nas cantinas.

A vereadora Alexandra Roeger, entende que tal constrangimento pode ser ultrapassado com a filetagem do pescado, retirando-lhes as espinhas e confeccionando-o de formas mais atractivas.
A autarca espera que o recurso à biotecnologia do mar a favor de uma economia social potenciadora de emprego possa ser concretizado no próximo ano lectivo.
Tendo em conta os factores limitativos da integrac?a?o do peixe nas ementas escolares, o ‘Blueproject’ apresenta-se como primeira iniciativa que alicerc?a os princípios da economia azul com impacto social subjacente à gesta?o consciente da actividade piscato?ria local, salvaguardando a utilizac?a?o daquele recurso de forma sustenta?vel e respeitadora do meio ambiente.

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