O Celeirós foi ontem ao reduto do Merelinense impor um empate a 2-2, em encontro a contar para a quinta ronda da divisão Pró-Nacional da AF Braga.
Dirigentes do clube visitado, que ao intervalo vencia por 2-0, contestam arbitragem, pela expulsão de Emmanuel aos 73 minutos e pelo golo aos 86 minutos que deu ao Celeirós o 2-1.
A equipa da casa entrou com sinal mais e, aos 9 minutos, adiantou-se no marcador.

A um canto apontado do lado direito, Emmanuel correspondeu à boca da baliza com um salto a um nível superior ao da defesa e um cabeceamento de cima para baixo, fazendo a bola entrar nas redes dos visitantes.
O Celeirós, que já tinha em transições chegado à área adversária, mas sem criar oportunidades, dispôs aos 17 minutos de ensejo para empatar. Aproveitando uma falha defensiva, João Tiago teve na área e em posição frontal, espaço e tempo para rematar, mas Seba reagiu com uma defesa atenta.
Após esse lance, o jogo voltou à tendência inicial, com ascendente do Merelinense, em busca do segundo golo.

João Lopes aos 42 minutos rematou ao lado. Mas aos 43 Gustavo, descaído sobre a esquerda, aproveitando um deslize na zona lateral direita da defesa do Celeirós, rematou cruzado e dilatou a diferença.
Após o intervalo, o Celeirós operou a primeira substituição, a equipa teve minutos de pressão sobre a área adversária, mas depois o jogo declinou.
Aos 73 minutos, porém, o Merelinense ficou a jogar com dez, por expulsão de Emmanuel, o autor do primeiro golo.
Foi uma carga junto à linha do meio campo, que o árbitro da partida entendeu ser passível de um segundo cartão amarelo.

Com mais um elemento em campo, o Celeirós intensificou a pressão e sobre o fim do tempo regulamentar reduziu, por Tino, que levou a melhor sobre o guarda-redes Seba.
Neste lance, as hostes do Merelinense alegam que o guarda-redes foi carregado em falta na pequena área
O árbitro deu 9 minutos de compensação. Ao quarto minuto, o mesmo Tino fez, com um remate de meia distância, o golo do empate.

Alexandre Vila Cova contesta arbitragem

O presidente do Merelinense, Alexandre Vila Cova, teceu em declarações que prestou ontem aos jornalista duras criticas ao árbitro que apitou o encontro com o Celeirós — mas não só.
“É uma vergonha. Eu já no ano passado fui castigado, desci de divisão, levei uma multa e até hoje ainda ninguém me disse que os lances que eu apontei eram errados” — começou por dizer.
O dirigente acrescentou ainda que “se o Merelinense está a mais, a Associação de Futebol de Braga que o diga”.
“Nós evitámos falar na primeira jornada, evitámos falar na segunda e na terceira, até agora. Nós sermos assaltados em nossa casa foi o que este senhor veio fazer aqui”, apontou.

Considerando que “eu ilibo o Celeirós de tudo”, o presidente do Merelinense sustentou adiante que “este senhor veio para o empate” e reconheceu a seguir que o Celeirós “também teve uma jogada no fim que ele marcou um fora de jogo duvidoso, já depois do 2-2”.
Alexandre Vila Cova contestou que tenha dado dois amarelos a Emmanuel, apontando que na primeira parte há um lance em que um jogador ficou a sangrar e disse que não foi nada.
Referiu-se ainda ao primeiro golo da equipa visitante alegando carga sobre o guarda-redes na pequena área. “É o 2-1 e depois muda tudo e isto não pode ser assim”, frisou.