A sala de audiências do CIAB-Tribunal Arbitral de Consumo foi pequena para acolher todos aqueles que se quiseram associar à homenagem ao juiz jubilado José Marques, o primeiro juiz-árbitro do CIAB, que ali exerceu funções entre 2019 e 2003.
Nesta “singela homenagem”, a sala de audiências do CIAB foi baptizada com o nome Dr. José Marques, um “momento marcante” na vida deste juiz que a 3 de Abril celebrou 100 anos, como o próprio o confessou.
“A atribuição do meu nome a esta sala de audiências é um facto importante da minha carreira e da minha ligação a Braga, a cidade onde partilhei a maior parte da minha vida com a minha esposa, Maria do Céu, cuja memória quero juntar a nós”, referiu o homenageado perante familiares e amigos, mas também outras personalidades de diferentes áreas da sociedade que lhe quiseram prestar homenagem, entre as quais os dois juízes-árbitros que lhe sucederam, João Fernando Magalhães e César Teles.
“Estou muito feliz por estar aqui convosco, neste momento tão bonito. É uma iniciativa de enorme simbolismo e de gratidão que muito me honra, mas que sinceramente não sei se mereço”, referiu o homenageado, agradecendo a “amabilidade, reconhecimento e disponibilida- de que Fernando Viana e a sua equipa” sempre tiveram para com ele.
Precisamente o director do CIAB, Fernando Viana, lembrou que José Marques “desempenhou um papel fundamental” numa altura em que ainda não havia a tradição da arbitragem no país. “Sabendo que a decisão de um conflito de consumo era de um juiz de direito, ninguém duvidava da imparcialidade, independência e competência técnica de quem estava a decidir”, referiu.
Actualmente o CIAB conta com dez juízes-árbitros, entre os quais José Miguel Gonçalves que com 30 anos é o mais jovem do país. Em 1997, o CIAB lidou com 67 processos. No ano passado com 1603.