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Braga

2025-07-06 às 06h00

Marlene Cerqueira Marlene Cerqueira

Ciclo Braga memórias, uma iniciativa da BLCS, teve ontem uma sessão dedicada aos 500 anos da Capela e da Torre Medieval da Casa dos Coimbras. Família proprietária deste monumento nacional quer afirmá-lo como um ícone da cidade de Braga

Citação

Transformar a Capela e Torre dos Coimbras num ícone da cidade de Braga, num espaço turístico visitável, um espaço de experiência de onde o visitante sai mais feliz. Este é o mote para o intenso trabalho de conservação que está a ser levado a cabo pela família proprietária deste monumento nacional classificado desde 1910.
Especialista em conservação e restauro, Luís Aguiar Campo, administrador da Casa dos Coimbras, destacou ontem a aposta e o investimento que a família dos Lencastre tem feito na Torre e Capela dos Coimbras. “Desde a sua fundação até hoje, este património está na linhagem da mesma família. Já houve várias abordagens para a venda, mas nunca o fez porque faz questão de conservar e valorizar este património”, realçou o gerente, que revelou que ainda nos dias de hoje a família continua a cumprir uma tradição emblemática.
“Todos os anos, no dia 8 de Dezembro, a família reúne-se na capela, onde é celebrada uma missa. No final da eucaristia, todos sobem à torre para brindar com vinho do Porto. Chegam a juntar-se neste momento mais de 50 familiares da linhagem Lencastre”, revelou.
Luís Aguiar Campos, que falava ontem de manhã no decorrer de mais uma sessão do Ciclo Braga Memória, desta vez dedicada aos 500 anos da Capela e da Torre Medieval da Casa dos Coimbras, um dos marcos mais emblemáticos do património bracarense. Na iniciativa, dinamizada pela Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva (BLCS), participaram também Maria do Carmo Ribeiro e Arnaldo Sousa Melo, ambos do Departamento de História da Universidade do Minho.
Se a intervenção dos académicos se centrou mais nos factos históricos que permitem conhecer melhor a história deste monumento, já Luís Aguiar Campos deu nota do que tem sido feito nos anos recentes para conservar o edificado, notando que pelo facto de estar classificado qualquer intervenção que ali se efectue carece de inúmeras autorizações e procedimentos burocráticos.
Depois de terem sido restituídos os vitrais originais da Torre, este ano o objectivo é realizar pequenas intervenções no telhado, pois algumas telhas estão quebradas.
O administrador da Casa dos Coimbras deu ainda nota de que no âmbito dos 500 anos da Capela e da Torre dos Coimbras, a Casa dos Coimbras editou um desdobrável muito detalhado com informações sobre este património.
A investigadora Maria do Carmo Ribeiro considerou que este desdobrável “está muito completo e com muita qualidade do ponto de vista científico na informação que transmite”.
A investigadora partilhou depois os principais momentos da história de um património cuja origem remonta a 1505 quando João de Coimbra adquiriu algumas casas ao Cabido de Braga, que por considerar velhas e arruinadas mandou demolir e construir de novo.
É de realçar que a Casa dos Coimbras não se encontra hoje no seu local originário.
Em 1903, a abertura da Rua D. Afonso Henriques e do Largo de São João do Souto implicou a destruição das casas que se localizavam na zona. A Câmara de Braga expropriou o terreno onde se localizava a casa dos Coimbras, deixando ao seu proprietário na altura, D. José Maria de Queiroz de Lencastre, todo o material do edifício da Casa dos Coimbras. Este adquiriu o terreno junto da Capela e, em 1924, é concluída a traladação/reconstrução da actual Casa dos Coimbras, um projecto do arquitecto bracarense José da Costa Vilaça, inspirada no antigo edifício.
No final da sessão decorreu uma visita guiada à capela.

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