“Ainda que abaixo da média nacional e europeia, quase 20% da população de Braga tem mais de 65 anos, o que cria uma nova centralidade e uma prioridade cada vez maior para as políticas e os programas que promovam a longevidade com qualidade de vida”, constatou a vereadora Carla Sepúlveda, ontem, no II Congresso Internacional de Gerontologia e IX Encontro Nacional de Estudantes de Gerontologia e Gerontológos.
A vereadora da Coesão Social, que apresentou no evento organizado pela Associação Nacional de Gerontólogos o Plano para a Longevidade de Braga 2024 - 2027, defendeu “a autonomia, o emprego ajustado às diversas fases de vida, os serviços de proximidade e apoio à população ao longo de todos os períodos mais tardios da sua vida”.
Segundo a autarca, que participou num painel sobre o ‘Papel da cidade na promoção da equidade geracional’, deve-se apostar no “fortalecimento das redes familiares, comunitárias e institucionais, bem como no acesso ao suporte adequado às necessidades das pessoas mais velhas e dos seus cuidadores informais”.
No mesmo painel, José Carlos Mota, da Universidade de Aveiro, alertou para a falta de acessibilidade no espaço público que condiciona a qualidade de vida das pessoas idosas.
“Passeios estreitos, escadas sem alternativa, estacionamento indevido e a calçada portuguesa escorregadia criam barreiras diárias”, apontou o investigador, referindo que “há cada vez menos bancos e espaços de descanso acessíveis”.
Apesar de tudo, “algumas cidades começam a envolver a população idosa em conselhos consultivos e orçamentos participa- tivos, garantindo voz activa na transformação dos espaços urbanos”, observou.