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2021-01-14 às 08h00
PERSPECTIVAVA-SE um bom ano, mas a pandemia causou uma redução do preço e da procura, sobretudo pela restauração.
Alto Minho
| Redacção/Lusa |
O presidente da Associação de Pescadores do rio Minho e do Mar disse ontem que as restrições impostas pela pandemia de Covid-19 e novo confinamento geral representam quebras de 80 a 90% no rendimento com a safra da lampreia.
“Primeiro foram as restrições impostas à restauração. Agora é o confinamento geral. Estamos a falar de uma quebra entre 80 a 90% dos nossos rendimentos nesta campanha. São entre 8 a 9 mil euros de rendimento de perdas, por pescador. Esta quebra de rendimento na safra da lampreia terá um impacto no volume anual da nossa actividade, que cairá 60 a 70%”, afirmou à Lusa Augusto Porto.
A pesca da lampreia começou no dia 1 e prolonga-se até meados de Abril.
Segundo números avançados à Lusa pelo comandante da capitania de Caminha, Pedro Santos Jorge, responsável pela fiscalização da actividade ao longo daquele rio internacional, este ano, estão matriculadas em Portugal 154 embarcações para a pesca da lampreia e 86 para o meixão, e, em Espanha, 63 para a lampreia e 73 para o meixão.
Augusto Porto explicou que “no arranque da faina perspectivava-se um bom ano de lampreia, mas a pandemia de Covid-19 causou a redução do preço do ciclóstomo e a procura, sobretudo pela restauração”.
A lampreia pode medir mais de um metro e pesar cerca de dois quilogramas, sendo considerada uma verdadeira iguaria da região do Minho.
“A procura reduziu muito por causa do impacto da pandemia na restauração, uma redução entre 60 e 70% por parte dos restaurantes. Agora, com o início do confinamento, vai ser ainda pior. Isto vai ter um impacto tremendo nas nossas vidas”, disse.
“Inicialmente, mesmo só com as restrições, estamos a vender a lampreia a um preço mais baixo, cerca de 50%, em relação a anos anteriores. A lampreia pequena a 10 euros e a grande a 20 euros. O preço mantém-se, mas muitas embarcações já não estão a sair para pescar lampreia”, reforçou.
Segundo Augusto Porto, actualmente, “na foz do rio Minho operam entre oito e 10 embarcações, quando num ano normal andariam, uma média, de 50 a 60 embarcações”.
No rio Minho, a actividade decorre em cerca de 35 quilómetros daquele curso internacional, variando em função da arte utilizada, já que pode ser feita com “lampreeiras”, a bordo de embarcações artesanais, ou com pesqueiras armadas, arte denominada botirão e cabaceira (estruturas antigas, em pedra, existentes no rio).
Nas pesqueiras a faina começa no dia 15 de Fevereiro.
No rio Lima, e segundo dados do comandante do porto de Viana do Castelo, Sameiro Matias, estão licenciadas para aquela pesca “65 embarcações locais que têm de operar em três turnos”.
Luís Miguel Ferreira, da direcção da Associação de Pescadores do rio Lima, apontou “pouca quantidade de lampreia no rio Lima” e reforçou que “a pandemia de Covid-19 está a afectar as vendas, por falta de procura”, sendo que “os barcos não estão a sair para o rio”.
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