22.ª jornada
| Fábio Moreira |

O grande dérbi do Minho em Guimarães só se vai disputar pelas 20.30 horas do próximo domingo, mas os ânimos dos dois lados da contenda já começaram a mostrar os primeiros sinais de um duelo fogoso entre dois eternos rivais.
Durante a noite de terça-feira, uma tarja contendo a mensagem ‘Por cada espanhol extinto o Minho fica mais limpo!’ foi colocada junto ao Estádio D. Afonso Henriques, tendo sido este o pontapé de saída para uma semana que se prevê quente.
Em comunicado, a direcção do SC Braga nota ter tido conhecimento da colocação dessa mesma tarja, confessando que, embora que não conheça a autoria da tarja, “não pode ignorar o peso da mensagem nela inscrita e o contexto em que surge”.
“Perante tão obsceno quadro, cabe à direcção denunciar publicamente um acto que instiga à violência e ao ódio e que é imperativo erradicar do futebol e do desporto”, pode-se ler no comunicado publicado no site oficial dos Guerreiros do Minho.
Nesse mesmo comunicado, o SC Braga avançou ainda que António Salvador esteve à conversa com o presidente do Vitória SC, António Miguel Cardoso, sendo que o dirigente arsena- lista “sublinhou a censura absoluta a qualquer mensagem ou comportamento que se desvie da rivalidade sadia que deve imperar antes, durante e no final d jogo do próximo domingo”.
A concluir esse comunicado, a direcção dos Guerreiros do Minho acredita que “a massa associativa partilha e comunga destes princípios e que o foco dos adeptos está no apoio à equipa e na promoção de um espectáculo conforme com a história e os valores do SC Braga”.
Por sua vez, do lado dos Conquistadores, não foi tomada qualquer posição oficial da parte da direcção vitoriana, mas o incidente motivou uma resposta da parte de Luís Cirilo, candidato à presidência dos vimaranenses.
“A candidatura ‘Por um Vitória Maior – Lista A’, repudia a tarja colocada na ponte pedonal de acesso à Praça 26 de Maio do Estádio D. Afonso Henriques. No desporto, a rivalidade é algo que estimula e que faz parte do espectáculo, porém, frases ou actos de incentivo à violência não cabem naquilo que é a conduta civil”, frisou o candidato.