Berna renova contrato com o SC Braga até 2025
2022-05-13 às 06h00
Grupo de Braga e Guimarães chegou, ontem, ao Santuário de Fátima, depois de uma semana de peregrinação. Crença faz esquecer a dureza num caminho de 240km.
É a fé que os leva ao longo do caminho. Numa crença que abafa qualquer dor ou cansaço. E numa viagem mais interior, introspectiva, do que física. “Uma peregrinação é uma viagem muito interior, da mente em primeiro lugar e do crer em segundo. É a crença que nos move. Dá para arrepiar ao longo do caminho, se falarmos muito, as lágrimas caem pela cara”.
As palavras de Maria José Leite, de Guimarães, expressam bem o sentimento dos peregrinos que ao longo da última semana percorreram as estradas nacionais rumo a Fátima. Aos 56 anos, e na companhia da irmã, juntou-se como é hábito ao grupo de peregrinos que sai de Braga e Guimarães todos os anos, organizados pelo amigo Mário Ferreira.
Este foi o sétimo ano em que partiu em peregrinação, depois da “promessa” que a motivou no primeiro ano. “Agora, desde 2015, é sempre para agradecer. Tenho que vir agradecer, porque a vida tem-me corrido muito bem”, confessou ao Correio do Minho, quando faltavam cerca de três horas para a chegada.
“Tenho algumas bolhas, mas nada que não me mova. Começámos com uma dor, mas quando chegamos ao destino já não dói nada. É o crer que faz esquecer a dor”, contou.
Nesta que é também uma viagem espiritual, qual o sentimento quando se chega ao recinto do Santuário? “Quando se chega? Nem sei como explicar…não consigo dizer o que sinto, não se explica, é algo que só quem vem é que consegue perceber. É uma viagem também ao interior, cada um vem com fé à sua maneira, cada um expressa da sua forma”.
O grupo que partiu de Braga na passada sexta-feira, com 20 pessoas, percorreu os cerca de 240 quilómetros até Fátima ao longo de uma semana, numa logística coordenada por Mário Ferreira, que há 12 anos mantém o ritual.
“Já desde 2010 que venho cá, organizo o grupo todos os anos. Venho para agradecer à Nossa Senhora de Fátima por nos ajudar a nós todos, trabalhadores que temos responsabilidades ao longo do ano. A primeira vez foi por promessa e depois nunca mais deixei de vir. Isto move uma pessoa, é espectacular, tiramos uma semana de férias e estando com saúde temos que vir à Senhora de Fátima agradecer para termos um novo ano cheio de saúde e alegria”, sublinhou o bracarense.
A logística da organização é pensada e tratada com bastante antecedência - “trago três viaturas, duas de nove lugares e uma para andar com as malas, e três motoristas, que são espectaculares e estão sempre a dar apoio e a dar comida -, com noites passadas em “hotéis e estalagens” para os peregrinos descansarem e recuperarem energia para o dia seguinte.
“Fizemos mais ou menos uma média de 50 quilómetros por dia, sempre pela estrada nacional até ao Pombal e depois monte e atalhos. Este último dia é o pior, sempre a subir, é o mais difícil. Mas toda a gente tem aguentado bem, tem sido porreiro, todos com força e, às vezes, paramos para fazer massagens e ajudar quem esteja mais necessitado”, referiu o responsável, destacando terem sentido “sempre muita segurança pelo caminho, com polícia, distribuição de água e muita partilha entre os peregrinos”.
“Este ano trazemos três pessoas pela primeira vez no grupo, os restantes são todos repetentes, mas todos se aguentaram bem. Toda a gente que vem no nosso grupo faz preparação e caminhadas para se preparem. Exijo que estejam aptos, porque vir a pé não é para brincar”.
22 Maio 2022
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