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EB1 de Pedralva em risco para o próximo ano lectivo

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EB1 de Pedralva em risco para o próximo ano lectivo

As Nossas Escolas

2018-10-10 às 06h00

Paula Maia Paula Maia

Com um número reduzido de alunos e a funcionar com turmas mistas, a sua abertura fica dependente das inscrições para o próximo ano escolar.

Citação

O Agrupamento de Escolas Carlos Amarante abriu portas para mais um ano lectivo com praticamente o mesmo número de alunos do que o ano anterior. A situação que mais preocupa a direcção do agrupamento, conduzida por Hortense Santos, é a EB1 de Pedralva cujo número de alunos é “muito baixo”. A escola é uma das que está mais afastada da escola-sede, a secundária Carlos Amarante, e funciona com turmas mistas.
“Nesta área temos vindo a assistir a uma diminuição do número de alunos. Mesmo o Jardim-de-Infância também tem um número reduzido de alunos”, assegura a directora que teme pelo futuro do estabelecimento de ensino que fica dependente do número de alunos inscritos no próximo ano lectivo.

Em contraponto, a EB1 de Sobreposta recuperou uma turma do pré-escolar que tinha sido extinta há alguns anos atrás.
Com um número de estudantes estabilizado, a direcção do agrupamento direcciona-se agora para a resolução de algumas situações relacionadas com o parque escolar deste mega agrupamento. Depois de concluída a requalificação da EB1 de Gualtar (a obra mais marcante do arranque do ano lectivo), e do espaço exterior da EB1 de Este S.?Pedro, a direcção espera agora orçamento para continuar a intervenção naquela escola do 1.º Ciclo, “uma das escolas que mais necessita de intervenção”.

“Começamos pelo espaço exterior porque é o que tinha mais necessidade, mas o edificado precisa de intervenção”, diz Hortense Santos, dando conta que o estabelecimento de ensino necessita de outras valências para os alunos trabalharem e condições para ai receber também o ensino pré-escolar que actualmente funciona num edifício contíguo à junta de freguesia local. “À partida, o que se pretende é agregar os dois níveis de ensino, mas vamos ver como é finalizado o projecto e o orçamento”.

Prestes a completar 25 anos de existência - data que se assinala a 21 de Março de 2019 - também a EB 2,3 de Gualtar merece a preocupação da direcção. Se o edificado, em bom estado de conservação, merece alguns reparos, o mesmo não se pode dizer do espaço onde estiveram os contentores que receberam os alunos da EB1 local durante a requalificação da referida escola. “Esse espaço está inutilizado. Retiraram os contentores, mais ainda lá continuam restos de materiais da obra. É algo que nos preocupa porque precisámos daquele espaço para a actividade física dos alunos. O?pavilhão também vai ser intervencionado”, adianta Hortense Santos.

Falta de Assistentes Operacionais poderá acelerar processo de adjudicação do serviço de refeições

Com um número de Assistentes Operacionais muito aproximado do rácio calculado pelo Ministério da Educação, o Agrupamento de Escolas Carlos Amarante depara-se com dificuldades em gerir muitos dos serviços das escolas por causa das baixas médicas de alguns funcionários que, nesta situação, não são substituídos. Na abertura do ano escolar, só na renovada EB1 de Gualtar foram registadas duas baixas médicas, facto que tem condicionado o funcionamento da escola.
Também na escola-sede, a secundária Carlos Amarante, a falta de funcionários obriga a uma gestão ‘apertada’ com prejuízos para alguns serviços. “Por vezes temos de fechar mais cedo a biblioteca ou a reprografia. À tarde, como há menos alunos, fechamos uma das portarias. Temos que ir ajustando”, avança Hortense Santos.
À noite a escola funciona “com serviços mínimos”. A biblioteca está aberta graças à boa vontade de uma funcionária, mas a reprogafia fecha mais cedo e não há bar para os alunos e professores que frequentam a escola neste horário.

Outra das situações que está a preocupar a direcção do agrupamento é o serviço de refeição na secundária Carlos Amarante que tem afecto três funcionárias a tempo inteiro, recebendo diariamente a colaboração diária de outras duas funcionárias que são deslocadas de outros serviços para auxiliar na hora da refeição. A adjudicação do serviço a uma empresa externa permitiria, segundo a direcção, a alocação destes funcionários em outros locais. “Tenho colocado essa situação nos órgãos da escola e pedem-me sempre para tentar dar continuidade ao serviço porque as pessoas gostam da qualidade da comida que é aqui confeccionada”, confessa Hortense Santos, acrescentando que procurará manter o serviço “enquanto for possível, admitindo, no entanto, que se a situação se mantiver a adjudicação poderá ser inevitável. “Vamos ver como vai correr. As pessoas que aí trabalham, apesar de gostar do que fazem, têm já idades um pouco avançadas e problemas de saúde que daí advém”, acrescenta.

Hortense Santos avança que se surgirem mais baixas médicas prolongadas “a situação ficará muito complicada”.
Recorde-se que a secundária Carlos Amarante está aberta das 8.20 à 23.50 horas.
Apesar das contingências diárias que a falta de funcionários coloca, a directora do agrupamento enaltece a qualidade e empenho do pessoal docente aqui colocado que “com a sua boa vontade” tem permitido ultrapassar as dificuldades inerentes à situação.

A melhor caloira da UMinho foi aluna da Carlos Amarante

É considerada a melhor escola secundária do distrito e isso reflecte-se no número de alunos que são colocados no ensino superior, sobretudo em primeira opção.
Só na primeira fase do concurso de acesso ao ensino superior entraram 400 alunos oriundos da secundária bracarense. A maioria entrou na Universidade do Minho, mas muitos outros foram colocados também no Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA) que, ano após ano, tem conquistado a preferência dos estudantes do secundário desta escola.
A caloiro com média mais alta a entrar na UMinho foi também aluna da Carlos Amarante. Magda Duarte entrou no curso de Engenharia Física com uma média de 19,74.
Também o melhor caloiro da Universidade de Aveiro é da Carlos Amarante, com uma média de 19,1.

“Temos bons alunos em todas as áreas. Geralmente fala-se dos alunos com notas mais altas, mas também temos os que não as têm e que são bem sucedidos nas suas áreas”, revela Hortense Santos, directora do agrupamento que, neste âmbito, não esquece os cursos profissionais inscritos na matriz curricular da escola que são, aliás, a base da sua génese. Hortense Santos lamenta, no entanto, que sejam cada vez menos os alunos a optar por estes curso, especialmente os das áreas mais técnicas “que são as áreas que exigem mais trabalho”. Tanto mais que, ainda de acordo com a dirigente escolar, estes são curso com uma taxa elevada de empregabilidade tendo em linha de conta as solicitações que as empresas fazem junto da escola. “As aulas ainda não começaram e já estão a pedir-nos estagiários”, continua a directora.

“É pena que que não haja a preocupação das famílias em ver o que é melhor para os seus filhos”, prossegue
Conhecida como a antiga escola Industrial, a Carlos Amarante continua a apostar no ensino técnico e profissional, mas Hortense Santos lamenta o facto de esta vertente albergar um número cada vez menor de alunos que enveredam por outras áreas.

EB1 de Gualtar: a obra que marca o novo ano

É a obra que marca o arranque de mais um ano lectivo neste agrupamento. Traduz o anseio de uma comunidade escolar que há vários anos esperava a intervenção naquele que é uma das principais escolas do 1.º Ciclo do agrupamento tendo em conta o número de alunos que alberga. “É uma escola que apresenta outras condições, outras estruturas, outros espaços, nomeadamente um polivalente para os alunos estarem quando as condições climatéricas são mais adversas.?

Tem também outros meios que as outras escolas começam a precisar, nomeadamente ao nível da informática como quadros interactivos, entre outras”, adianta a directora do agrupamento.
A requalificação da EB1 de Gualtar permitiu também a instalação de uma biblioteca que integra já a Rede de Bibliotecas Escolares, ficando o agrupamento actualmente com três bibliotecas integradas na referida rede.
A visita do ministro da Educação, Tiago Brandão à Carlos Amarante foi um dos momentos marcantes desta comunidade do passado ano lectivo. Tiago Brandão completou o ensino secundário na escola bracarense e, por isso, a visita foi revestida de emoção pelo seu regresso aos tempos de estudante, onde teve oportunidade de rever antigos colegas de cursos e professores da escola.

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