GDR Santa Tecla prepara duas semanas de grande actividade
2024-08-08 às 17h00
"As Bruxas de Salém" (21 setembro) e "In C" (5 outubro) deixam antever a força da programação de artes performativas que o CCVF promete para os próximos meses
Depois de desfrutarmos de uma merecida pausa de verão, o Centro Cultural Vila Flor dá-nos dois grandes motivos para ansiarmos o regresso às salas de espetáculos. No dia 21 de setembro, Nuno Cardoso traz ao Grande Auditório Francisca Abreu a peça “As Bruxas de Salém”, do dramaturgo norte-americano Arthur Miller, uma produção do Teatro Nacional São João que reúne um elenco de peso composto por Ana Brandão, Carolina Amaral, Joana Carvalho, Jorge Mota, Lisa Reis, Mário Santos, Nuno Nunes, Paulo Freixinho, Patrícia Queirós, Pedro Frias e Sérgio Sá Cunha. A 5 de outubro, é a vez de Guimarães receber, pela primeira vez, a coreógrafa alemã Sasha Waltz, que estreia em Portugal “In C”, peça inspirada na magistral composição de Terry Riley, que tem sido apresentada e elogiada em todo o mundo.
“As Bruxas de Salém foi um ato de desespero.”. Estas são as palavras do dramaturgo Arthur Miller sobre a génese desta peça, baseada em factos históricos. Em 1692, na pequena comunidade americana de Salém, mulheres e homens são perseguidos e julgados por bruxaria. O rumor e a mentira incendeiam a comunidade e ninguém parece estar a salvo da acusação ou da vingança. Estreada em 1953, “As Bruxas de Salém” foi pensada como um paralelo às trevas do macarthismo que corroíam o coração da América, consumida pela febre anticomunista, que também vitimou Miller. Do seu epicentro – um fascínio primevo pela paranoia, que sacrifica indivíduos na sua fúria coletiva – ressoam hoje múltiplos ecos. É com ela que Nuno Cardoso prossegue a inquirição dos alicerces da vida em comunidade, num outro ensaio sobre a cegueira do homem social. Por debaixo das questões sobre justiça, a peça desenterra um caldo letal de sexualidade ilícita, medo do sobrenatural e manipulação política. Produção do Teatro Nacional São João , “As Bruxas de Salém” sobe ao palco do Grande Auditório Francisca Abreu no dia 21 de setembro, às 21h30, e marca o regresso de Nuno Cardoso ao CCVF, encenador cujo trabalho tem sido acompanhado e acarinhado pelo público de Guimarães.
A 5 de outubro, Sasha Waltz, um dos nomes mais sonantes da dança contemporânea europeia, visita a sala de espetáculos vimaranense pela primeira vez. A sua companhia de dança, Sasha Waltz & Guests, apresenta, em estreia nacional, no Centro Cultural Vila Flor, a peça “In C”, um espetáculo que a coreógrafa alemã concebeu durante os dias cinzentos de isolamento provocados pela pandemia, quando todos os teatros em Berlim, e no mundo, permaneciam fechados. O que começou como uma forma de se manter a trabalhar durante o confinamento, transformou-se num movimento internacional que ainda hoje continua a crescer. Desde a sua estreia digital no Radialsystem em 2021, “In C” tem sido apresentado e elogiado em todo o mundo.
Inspirado na magistral composição de Terry Riley (1964), considerada a primeira peça de música minimalista, “In C” é composto por um sistema experimental de cinquenta e três frases de movimento, que assenta numa improvisação estruturada com regras e leis claras. Dentro deste conjunto de regras, cada bailarino tem liberdade criativa de forma individual, sem que isso prejudique o grupo, à semelhança da nossa sociedade democrática, na qual a liberdade individual termina onde começa a liberdade do outro. A duração da peça, assim como o número de bailarinos, é variável. Os papéis de liderança e ou de seguidores também não são fixos. Cada performer pode trocar de papel, a qualquer momento. O resultado é uma extraordinária negociação entre liberdade improvisada e estrutura definida.
Sasha Waltz criou originalmente “In C” para a sua companhia de dança, Sasha Waltz & Guests: “Durante o confinamento, quando nem podíamos respirar no mesmo ambiente que outras pessoas, era uma forma de reunir os dançarinos. Como a obra consiste em fragmentos separados de coreografia, os bailarinos podiam ensaiá-la individualmente e à distância.”. No entanto, Waltz logo percebeu que “In C” poderia não apenas servir para reunir os seus bailarinos, como também tinha potencial para reunir pessoas de todo o mundo. “Quando a música começa, ouvimos uma batida clara, como um batimento cardíaco que conecta performers e público. E essa é uma das principais mensagens deste espetáculo: ‘In C’ conecta-nos a todos.”.
Não perca a oportunidade de se conectar com algumas das melhores criações nacionais e internacionais que o CCVF irá apresentar nos próximos meses. Os bilhetes para os espetáculos “As Bruxas de Salém” e “In C” já se encontram à venda e podem ser adquiridos em oficina.bol.pt, bem como presencialmente nas bilheteiras dos equipamentos geridos pel’A Oficina como o Centro Cultural Vila Flor (CCVF), o Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG), a Casa da Memória de Guimarães (CDMG) e a Loja Oficina (LO).
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