Braga promove património natural biológico em concurso
2024-02-21 às 06h00
Filipe Melo, candidato do partido CHEGA pelo círculo eleitoral de Braga, garante que o partido não vai a eleições com o objectivo de ser a terceira força política mas sim com a intenção de vencer as legislativas. Filipe Melo aponta graves problemas na saúde, assegurando que o fim da PPP no Hospital de Braga foi um grave golpe a todo o distrito bracarense.
Dois anos de retrocesso que não podem ser esquecidos para não serem repetidos. É assim que Filipe Melo, cabeça-de-lista do CHEGA por Braga, analisa os últimos dois anos da governação socialista de António Costa.
“É difícil pintar um cenário positivo nestes dois anos. Só podemos ficar desapontados com o rumo do nosso país. Foram dois anos de retrocesso, sem se fazerem as reformas necessárias. A saúde piorou drasticamente e temos um caso concreto em Braga. O Hospital de Braga, enquanto parceria público-privada, funcionava muito bem. Desde que passou para a gestão pública, o hospital perdeu, por completo, o bom serviço que prestava. Os tempos de espera aumentaram, chegando-se a registar 14 horas de espera nas urgências. A educação também teve um claro declínio, tendo havido casos de falta de professores durante vários meses em Braga. Não houve, efectivamente, avanços nestes dois anos. Não se fizeram as reformas que eram precisas, o que impactou Braga, mas é transversal a todo o país. Foram dois anos para lembrar para que não se voltem a repetir”, garantiu Filipe Melo.
O deputado bracarense apontou também que a mudança de gestão do Hospital de Braga (de parceria público privada para Entidade Pública Empresarial) não teve um impacto positivo nos bracarenses.
“Não compreendemos como é que o Hospital de Braga, que funcionava tão bem enquanto PPP, foi convertido numa EPE. Isto teve um impacto negativo enorme. Médicos, enfermeiros, técnicos, auxiliares... Todos estão insatisfeitos. Aliás, não encontramos ninguém que esteja satisfeito com este sistema de empresa pública”, assegurou o deputado bracarense eleito em 2022.
Filipe Melo também apontou que, enquanto PPP, o hospital nunca deu prejuízo, algo que não se verifica no actual sistema de gestão.
“Enquanto PPP, o Hospital de Braga teve uma gestão rigorosa e eficaz que nunca deu prejuízo. Agora dá um prejuízo de milhões. Tanto os utentes como os profissionais de saúde estavam satisfeitos. Hoje temos médicos a reclamar melhores condições e a dizerem que não aguentam a carga de horas extraordinárias que lhes colocam. Os enfermeiros estão desgastados e os auxiliares estão cansados. Isto é tudo o que não se deseja numa área tão fundamental como a saúde”, argumentou.
Porém, segundo Filipe Melo, o problema não reside apenas na gestão pública, mas também na capacidade de melhorar os serviços dos hospitais mais próximos para que estes não sobrecarreguem o Hospital de Braga.
“O Hospital de Barcelos deveria ter melhores condições e mais especialidades para servir um concelho daquela magnitude. Os barcelenses não se sentem seguros nesse hospital. É urgente o projecto do novo hospital de Barcelos, tal como também é urgente para Guimarães e Vila Nova de Famalicão. Essas cidades, não tendo os serviços de saúde adequados, vão sobrecarregar o Hospital de Braga”, garantiu.
“Pedro Nuno Santos foi o responsável pela crise”
Filipe Melo ainda apontou o dedo socialista Pedro Nuno Santos, que considera ser o responsável pela crise de habitação que o país atravessa.
“O Pedro Nuno Santos é o responsável por esta crise de habitação. Foi ele que tutelou a habitação nos últimos anos. É preciso incentivar os privados a construir pois eles são os responsáveis por 98 por cento da construção. Apenas dois por cento da construção é pública. Há muitas formas de incentivar a construção ser a pública. O estado pode e deve ceder os terrenos a privados por um período de 80/90 anos. Os promotores constroem e comprometem-se a 70/80 por cento dos apartamentos construídos serem para arrendamento acessível. O estado não tem a capacidade para construir e, por isso, temos de incentivar os privados a construir”, apontou Filipe Melo.
O deputado ainda recordou os seus tempos de juventude, quando Braga abundava em habitação.
“Quando eu era jovem, havia uma grua em cada rua de Braga. As pessoas tinham habitação quando queriam e onde queriam e podiam pagar por ela. Hoje em dia, temos pouca habitação e esta é incomportável para os salários que temos”, destacou.
Salário mínimo de 1200 euros é meta
Aumentar o salário mínimo para 1200 euros em quatro anos é uma das bandeiras do CHEGA para estas eleições.
“A nossa proposta é, durante uma legislatura de quatro anos, termos um salário mínimo de 1200 euros. Ninguém consegue sobreviver, actualmente, com 820 euros. Se as empresas ficariam sobrecarregadas? Não, porque a nossa proposta é acompanhada por uma redução na TSU, IRS e IRC”, frisou o candidato do CHEGA.
Filipe Melo aponta que as medidas do seu partida são uma mais-valia para as famílias.
“Não é preciso grandes estudos para perceber que, se aumentarmos o salário e reduzirmos a carga fiscal das empresas, estamos a permitir que as empresas sejam mais produtivas e paguem melhor. Ao dar mais às famílias, estamos a incentivar o consumo. Ao aumentar o consumo, a receita do estado também vai aumentar. O estado tira por um lado, mas acaba por receber pelo outro e as famílias é que ficam a ganhar”, garantiu o deputado do CHEGA.
“Temos de pensar a nível local e ligar os concelhos”
A temática da mobilidade é uma que também tem sido muito falada no distrito bracarense e Filipe Melo faz questão de salientar que é preciso resolver primeiro os problemas locais.
Segundo o deputado eleito em 2022 pelo CHEGA, ter o TGV a passar em Braga não é uma solução para os problemas que todo o distrito de Braga evidencia em termos de ligação dos vários concelhos.
“De que serve ter o TGV a passar em Braga com ligação a Vigo, Porto ou Lisboa, se não há ligação de vários concelhos do distrito a Braga? Famalicão é o único concelho com ligação ferroviária a Braga. Tem que ser criada essa ligação dentro do quadrilátero. Muita gente de concelhos vizinhos trabalha em Braga e vice-versa. Temos uma rede ineficaz e insuficiente de transportes públicos. Antes de pensar no TGV, que é uma obra nacional, temos de parar para pensar a nível local e ligar os concelhos do distrito”, apontou Filipe Melo.
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