Viana do Castelo acolhe a 30 de maio sessão sobre Programa de Reordenamento e Gestão da Paisagem de Entre Minho e Lima
2025-04-30 às 06h00
Correio do Minho prossegue a série de entrevistas aos cabeças-de-lista dos partidos com assento parlamentar na antecâmara das eleições de 18 de Maio. Filipe Melo, candidato do Chega, é o rosto da confiança e ambição do partido que assume, claramente, o objectivo de vencer as eleições. Segurança, saúde, imigração e habitação no topo das prioridades.
Consolidada a posição de terceira força política no distrito, o Chega parte para as eleições de 18 de Maio com a fasquia elevada e olhos postos na vitória. Em entrevista à Rádio Antena Minho, Correio do Minho e CMinho TV, o cabeça-de-lista Filipe Melo deixou claro que os últimos resultados de 2024 são “o ponto de partida” claro para o partido subir em termos de votação “e tentar alcançar outra posição acima da terceira”.
“É esse o nosso objectivo, é para isso que estamos a trabalhar, não só aqui no distrito de Braga, mas também no país e já foi assumido pelo presidente do partido, André Ventura, que nós vamos para estas eleições com o firme propósito de as vencer, portanto, não vamos para manter o terceiro lugar, vamos tentar ganhar, sabemos que é difícil, sabemos, vamos tentar, vamos com certeza”, garantiu o candidato, dando conta de que os quatro primeiros lugares da lista pelo distrito se mantêm inalterados.
“Os quatro que vamos para esta eleição são os quatro deputados do círculo de Braga que já estavam na passada legislatura. E depois temos realmente um reforço da juventude, o número cinco da lista, Lina Pinheiro, é da juventude da concelhia de Famalicão, que é um excelente quadro, um excelente activo, e temos mais jovens também na lista, casos em Braga, em Celorico também e Fafe. Portanto, há uma aposta nos jovens. Há uma aposta também nas mulheres, mulheres qualificadas. Portanto, temos uma lista muito equilibrada com bastantes mulheres, com muita juventude e, acima de tudo, com uma vontade enorme de ganhar esta eleição”, frisou.
Filipe Melo admite que a tarefa “é difícil”, mas é peremptório: “também ninguém pensava que, o ano passado, fôssemos acabar com o bipartidarismo em Portugal, e acabámos. Foram 50 anos em que só dois partidos, PS e PSD, governaram, só dois partidos tinham atingido a fasquia dos 50 deputados no Parlamento e nós conseguimos fazê-lo, fomos o terceiro partido em 50 anos a alcançar esse objectivo e, naturalmente, que se dizíamos que o ano passado era difícil esse desígnio, agora também podemos dizer que é difícil ganhar as eleições. Mas, fazendo um enquadramento histórico recente, vemos que há essa possibilidade’.
E explicou. “Foram oito anos de Partido Socialista no poder, oito anos de António Costa e onde é que o país foi parar? Insegurança, como vemos, inclusivamente de uma forma lamentável na nossa cidade de Braga, Insegurança, pessoas sem médico de família a aumentar quando a tendência seria diminuir, imigração descontrolada isso foi o legado que nos deixou o Governo de António Costa. Passámos para o Governo de Montenegro, um primeiro-ministro que não consegue, ou melhor, não quer dar explicações ao país. Recusou-se a dar explicações ao país e apresenta uma moção de confiança, mesmo sabendo que a mesma seria rejeitada por todos os partidos, com excepção dos que compõem a coligação do Governo e da Iniciativa Liberal. Todos os restantes partidos tinham anunciado, antes da entrega da moção no Parlamento, que iriam chumbar a mesma. Ainda assim o primeiro-ministro quis entregar a mesma moção, porque queria precipitar eleições”, referiu o cabeça-de-lista por Braga, considerando que Montenegro “pensou, acima de tudo, no seu ego, no seu cargo, no cargo que ofereceu a vários membros do Governo e a outros cargos públicos, e não pensou no país”.
Portanto, acrescentou, “conjugando todos estes factores, PS e PSD fragilizados, penso que há uma hipótese real do Chega vencer as eleições”, frisou Melo, desmistificando “que não existe voto útil”.
Uma das bandeiras do Chega para a campanha nestas legislativas é a segurança, com Filipe Melo a lembrar que esta é uma “preocupação principal do partido desde a sua fundação, além do combate à corrupção”.
“O que tem acontecido, nos últimos dias, na cidade de Braga, é sintomático da forma como está o país. Em 24 horas, doze lojas assaltadas no centro de Braga, no centro histórico, à pedrada, com montras partidas. Quem era? Ao que se sabe, um cidadão de nacionalidade estrangeira. Vidros da esquadra do comando distrital da PSP de Braga partidos. Um carro da polícia vandalizado. Um chefe de serviço esfaqueado, cuja tentativa era ser morto. Por quem? Um cidadão iraniano. Três carros incendiados durante a noite, também no centro histórico. Um jovem que foi morto por brasileiros à facada à porta de um bar. Estamos aqui a ver vítimas nacionais. Quem comete os crimes? Estrangeiros”, sublinhou o cabeça-de-lista, deixando clara essa “ligação da crimi- nalidade com a imigração”.
Defendendo que tem “que haver uma equiparação dos subsídios de risco da GNR e da PSP ao que tem a Polícia Judiciária”, Filipe Melo defende a “reversão da extinção do SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras)”.
“O Governo de António Costa teve a ousadia de acabar com o SEF. O Serviços Estrangeiros e Fronteiras era o principal garante e controlador de entradas e saídas no país. O controle de fronteiras é importantíssimo. O último relatório dá-nos aproximadamente 17% de imigrantes no país. Tendo em conta o número de imigrantes ilegais estima-se, neste momento, que ultrapasse largamente os 20% os imigrantes em Portugal”, alertou o deputado, usando um exemplo que tem noção “pode chocar muita gente”.
“Custa-me que nos hospitais do distrito e nos hospitais a nível nacional saiam as notícias que o primeiro bebé do ano é paquistanês, é do Bangladesh, é da Síria, é da Líbia. Gostava que os primeiros bebés do ano fossem novamente o Manel, o António, a Maria, a Adelaide. Os nomes portugueses, os típicos nomes portugueses”, referiu.
O pior disto tudo, prosseguiu, “é que há muito, mas muito o fenómeno do turismo de saúde em Portugal e nós temos que combater isto”. “Eu não posso aceitar ter idosos, ter crianças que não conseguem aceder aos hospitais, aos centros de saúde, que têm que implorar por ter um médico de família para lhe prescrever a medicação habitual e nós gastarmos um balúrdio como aconteceu com o caso das gémeas brasileiras, com quatro milhões de euros. É um balúrdio. Não consigo conceber os nossos jovens, os nossos idosos não terem o tratamento de problemas que têm urgência em ser tratados, porque vêm do Paquistão, da Índia, do Bangladesh usar Portugal como turismo de saúde. Venham cá ter os bebés e vão-se embora. Vêm cá curar-se de algum problema e vão-se embora”, frisou.
Outras das preocupações é a “melhoria das condições de saúde nos hospitais do distrito” e a “conversão do Hospital de Braga novamente da gestão em parceria pública-privada”. “O tempo de espera das consultas, quando havia uma gestão pública-privada, era muito mais curto. O tempo médio para cirurgias era três vezes mais curto”, revelou.
Filipe Melo lembrou que o Chega tem insistido na “construção de um novo Hospital em Barcelos” e quanto ao alargamento do Hospital de Braga - cuja proposta foi chumbada pelo Chega - defende que seja feito aquando de uma gestão privada. “Não somos a favor de derreter dinheiro público”, explicou.
Quanto à questão da habitação, o cabeça-de-lista diz não existir “nenhuma ciência para resolver o problema da habitação, porque é tão fácil de se resolver”.
“O segredo é simples. Só no distrito de Braga, há terrenos suficientes para avançar já para a construção de 42 mil fogos. O que nós sempre defendemos é uma coisa muito simples. O Estado, as autarquias detêm os terrenos e cedem esses terrenos por um período de 80 ou 90 anos a um grupo de construtores que queiram investir. É investir não é para ter lucro. E criarem uma base de habitação pública, em que assente em rendas a custos controlados, e uma parte pequena, 20, 15% desses imóveis, seriam para venda, para conseguirem ter algum retorno. Tem que haver uma sinergia entre público e privado para conseguirmos alavancar a questão da habitação”, rematou.
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