O Laboratório de Automação e Robótica da Escola de Engenharia da Universidade do Minho voltou a marcar presença no RoboCup - o maior evento competitivo de robótica em todo o mundo -, onde os alunos de electrónica podem por à prova os conhecimentos. Laboratório participa neste desafio científico desde 1999 e, este ano, não foi excepção, participando no RoboCup 2024, que decorreu em Eindhoven, na Holanda, e juntou cerca de 2.500 participantes, provenientes de 55 países, em cinco ligas principais.
À semelhança do ano passado, o laboratório minhoto participou com dois docentes e dez alunos, em duas ligas diferentes: na liga de Futebol Robótico Middle Size League, com cinco robôs até 40 kg, e na liga RoboCup@Home, com o robô CHARMIE.

“Importa realçar que alguns países dão o devido valor a este género de iniciativas tendo mesmo equipas totalmente profissionalizadas, que representam empresas como a Philips, a ASML, a VDL, e grandes centros de investigação”, destaca o professor
Fernando Ribeiro, que participou juntamente com o professor Gil Lopes e os alunos Tiago Ribeiro, Bruno Silva, Renata Martins, Inês Garcia, Diogo Martins, António Ribeiro, Carolina Lopes, Rúben Silva, Tiago Oliveira e Rui Martins.
Apesar de os robôs irem praticamente prontos a competir, Fernando Ribeiro lembra que “há sempre aspectos inesperados e pormenores no ambiente onde vão actuar, que implicam adaptações e trabalho profundo”, o que motivou a que os elementos da equipa tivessem “trabalhado dia e noite para que tudo corresse pelo melhor”.

Em destaque na competição esteve a equipa de futebol robótico, que obteve um 6.º lugar (entre nove equipas) e o 1.º lugar no Scientific Challenge, onde foi apresentada uma solução inovadora para calcular a localização dos robôs futebolistas com recurso a Inteligência Artificial.
“O robô CHARMIE tem vindo a ser desenvolvido nos últimos três anos e a equipa de robôs futebolistas teve um novo começo em Setembro de 2022. Muitas novidades científicas foram conseguidas e algumas delas vão agora ser adoptadas por outras equipas. Uma delas consiste na forma como os robôs futebolistas se localizam dentro do campos com recurso a Inteligência Artificial e que mereceu o 1.º lugar no Scientific Challenge, prémio que muito orgulha os elementos da equipa”, frisou.