Um grupo de cerca de 30 jovens, com idades entre os 15 e 16 anos, ameaçou vários estudantes ingleses e um professor, em pleno centro da cidade de Braga, na Avenida Central. O caso ocorreu ao final da tarde de sábado, pouco depois das 18 horas, e terá acontecido sem motivo aparente, motivado por uma troca de ‘bocas’ e alguns insultos.
O professor que acompanhava o grupo de estudantes foi mesmo ameaçado com uma navalha, gerando grande confusão e aparato, obrigando a um forte dispositivo policial para travar a situação. A rápida actuação da PSP, que encaminhou vários meios operacionais para o terreno, fez dispersar os agressores, que quando viram a presença da polícia fugiram em várias direcções.

Segundo os relatos e as imagens enviadas ao Correio do Minho, numa primeira fase, a PSP actuou na Avenida Central, nas imediações do McDonald’s e Farmácia Martins, mas os jovens conseguiram fugir, o que levou a polícia a estender a acção policial a outras áreas envolventes, como a Avenida da Liberdade, e a um reforço de vários carros-patrulha e agentes policiais, assim como a carrinha da Esquadra de Intervenção Rápida.
Alguns dos jovens envolvidos nas ameaças refugiaram-se nas Galerias do Bingo, em frente ao Theatro Circo e dois dos elementos do grupo foram identificados e conduzidos ao Comando Distrital de Braga da PSP.
Contactada a Polícia de Segurança Pública, o Comando Distrital recusou-se, ontem, a prestar esclarecimentos sobre o caso, apenas confirmando a ocorrência e anunciando que será hoje emitido um comunicado pela direcção nacional da PSP, onde serão reveladas mais informações sobre o caso ocorrido ao início da noite de sábado.

Ricardo Rio: “Braga continua uma cidade com níveis de segurança muito elevados”

Contactado pelo Correio do Minho, o presidente da Câmara Municipal de Braga rejeitou a existência de qualquer sentimento de insegurança no centro da cidade, fruto das notícias veiculadas, ontem, na sequência do incidente ocorrido ao final da tarde de sábado.
Ricardo Rio procurou esclarecimentos junto do Comandante da Polícia de Segurança Pública de Braga e diz que a situação foi “espontânea” e sem qualquer carácter de “premeditação” ou actuação de um “gangue”.
“A câmara municipal obteve esclarecimentos junto da PSP e repudia, completamente, esta tentativa de alavancar e alarmar as pessoas. Foi uma situação que nunca teve precedentes e surgiu de um caso espontâneo e não premeditado”, sublinhou o autarca, acrescentando que a situação “foi, imediatamente, controlada” pelas forças de segurança.

Dando conta de que não existia nenhum reporte anterior de casos de violência no centro da cidade, Ricardo Rio foi peremptório: “o que temos acompanhado, tanto com a PSP, como a GNR, é que o nível de criminalidade tem diminuído e que Braga continua, indiscutivelmente, uma cidade com níveis de segurança muito elevados”.
Quanto às situações que ocorrem, tem sido possível “deter e controlar” os infractores pelas forças de segurança.
Também o presidente da Associação Empresarial de Braga (AEB) revelou não ter registo “de qualquer queixa dos comerciantes” e que “não há nenhum sentimento de insegurança”. “Pelo contrário, Braga é uma cidade muito segura”, garantiu Daniel Vilaça.