O dstgroup inaugurou ontem, no campus de Azurém da Universidade do Minho (UMinho), a peça de arte ‘Common Homme’.
A peça, da autoria do artista alemão Volker Schnüttgen , é composta por uma casa feita em xisto envolvida por uma estrutura de madeira, também ela em forma de uma casa, e celebra os 50 anos da UMinho.
O autor explicou que a peça foi inspirada na sua própria biografia.
“Quando pensei no projecto, pensei na minha biografia. Nasci numa aldeia muito pequenina, de 120 habitantes e muito calma. Tinha muita liberdade lá. Com 20 anos fui para Bremen. Saí da casa protegida e o mundo abriu- -se para mim. Esta ideia tem uma casa maciça, um castelo, e uma casa aberta. que se chama a casa comum ‘Common Home’”, explicou Volker Schnüttgen.
José Teixeira, presidente do dstgroup, classificou a ‘Common Home’ cpmo uma “obra extraordinária” e que permite múltiplas leituras.
“Vi uma casa dentro de outra casa e percebi a simbologia que pode ter do ponto de vista de um campus universitário. Cada professor, cada aluno, cada pessoa que aqui passe percpeciona à sua maneira. A minha leitura foi a de ver uma casa dentro de outra casa, uma casa que é comum e que protege outra, que será a comunidade”, apontou o presidente da dstgroup.
José Teixeira lembrou que o conceito de comunidade está, actualmente, “em vias de extinção” e por isso “temos que ter algum tempo, algum silêncio, para percebermos porque é que esses espaços comunitários estão a acabar, e como é que pode haver vida num espaço comunitário”.
O presidente do dstgroup, explicou ainda que a colocação da obra de arte no campus de Azurém tem outra explicação.
“Ao colocar aqui a peça nós vamos ter o interesse de que ela seja bem cuidada. Temos interesse em que os alunos que por aqui passam saibam quem doou esta obra, e que em algum fique xa razão suficiente para dizer: quero ir trabalhar com eles, no caso a dst”, alegou José Teixeira.
O reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, destacou que “o verdadeiro campus precisa de obras destas. Esta é uma obra feliz pela ideia da casa comum. Chama a atenção para vivermos numa casa comum”.
Rui Vieira de Castro deu, ainda conta de que “era um sonho sinalizar os 50 anos da UMinho com a implantação de obras de arte. Precisamos de deixar marcas e projecção para o futuro”.
Recorde-se que no passado dia 3 foi inaugurada a obra de arte ‘Calçada do Conhecimento’, da autoria de Fernando Maia, Filipe Mendes, Marta Lima e Rui Ferro.
As duas obras de arte resultaram de uma ‘open call’ (chamada aberta’, que teve como júri Helena Mendes Pereira (da zet gallery), António Gonçalves (da UMinho e pela artista visual Sandra Baía. Concorreram 70 artistas de Portugal, Espanha, Itália, Alemanha, Inglaterra, Dimarca, Brasil, Chile, Turquia, Roménia, Irão, China e Japão.
Volker Schnüttgen começou a carreira de escultor em 1982. Desde 1986 participa em inúmeras exposições e concursos públicos de prémios. Em 1992, recebe uma bolsa do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal. Desde 1993 vive e trabalha em Sintra.