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2024-02-23 às 06h00
Hugo Soares, candidato da coligação Aliança Democrática pelo círculo eleitoral de Braga, garante que o único voto capaz de mudar o rumo de Portugal é o voto na Aliança Democrática. O social-democrata bracarense aponta ainda o dedo ao CHEGA e a André Ventura por “berrar alto” com chavões que são prioridade única desse partido e que são matriz do PSD.
ENtrevista
| Fábio Moreira |
Mudar o rumo no país só é possível se votar na AD. É esta ideia que Hugo Soares, cabeça-de-lista da Aliança Democrática pelo círculo eleitoral de Braga procurou transmitir.
“Quem quiser mudar o governo só tem uma opção: votar na AD. É um voto útil e melhor do que nos outros projectos políticos. Deve governar quem ganha as eleições e a AD só vai governar se ganhar as eleições. Qualquer outro voto que não seja na AD é um voto desperdiçado e de protesto e o protesto não significa governar”, começou por dizer Hugo Soares.
O candidato social-democrata aponta que não vale a pena votar em quem “berra alto” e que “os chavões com que as pessoas se identificam” não são “prioridade de nenhum partido”.
“Para aqueles que acham que votar no CHEGA, em quem berra alto contra a corrupção, contra a subsídio-dependência e que é favor da polícia contra os criminosos, quero dizer uma coisa: nenhuma dessas coisas deixou de ser algo, alguma vez, matriz da AD. O CHEGA não existia e já o PSD lutava contra a corrupção, contra os privilégios injustificados, contra a subsídio-dependência e estávamos ao lado das forças policiais. Os chavões com que as pessoas se identificam não têm que ser prioridade de nenhum partido”, apontou o candidato da AD por Braga.
Hugo Soares ainda desafiou o eleitorado bracarense a pesquisar sobre os cabeças-de-lista dos diferentes partidos para que possam comparar projectos, percursos e até a sua naturalidade.
“As pessoas têm de ter noção que, em Braga, estão a votar em candidatos a deputados e não estão a escolher André Ventura. Desafio as pessoas a pesquisar quem são os candidatos. Eu apresento-me com modéstia, mas com muita responsabildiade. Comparem o percurso de cada. Vejam quem são os cabeças-de-lista dos partidos e de onde são”, apelou Hugo Soares.
Hugo Soares frisou também que o objectivo da AD passa por vencer o distrito de Braga.
“Sinto um grande orgulho em ser cabeça-de-lista no meu distrito, na minha terra. Uma terra que eu conheço bem e uma terra que me conhece bem, em todos os concelhos. Queremos ter uma maioria no distrito, apresentando um resultado superior ao que o PS tem vindo a registar nos últimos actos eleitorais”, confessou.
O candidato da AD assegurou também que esta é uma das mais importantes eleições da história democrática de Portugal.
“Esta é uma eleição decisiva. Os portugueses têm de escolher entre o caminho generalizado do empobrecimento e a abertura de uma esperança e transformação positiva para a vida das pessoas. Estou certo de que, se tivermos um vitória robusta em Braga como já dissemos que é o nosso objectivo, será fruto da qualidade dos nossos candidatos e do mérito do nosso projecto político encabeçado por Luís Montenegro”, garantiu.
AD quer combater a ‘fuga dos cérebros’
“Queremos que os jovens até aos 35 anos paguem apenas um terço do IRS, o que lhes disponibilizaria mais rendimento e evitaria a sua saída para o estrangeiro. Temos que ser capazes de reter o nosso talento. Mais de 30 por cento dos jovens saem do país. O esforço que os pais e avós fazem na qualificação dos jovens traduz-se em proveito para Alemanha, Espanha, França, entre outros.
Por exemplo, Braga é um dos maiores exportadores de jovens do país.”
“Eu não sei em que mundo vive Pedro Nuno Santos”
Hugo Soares acusou o candidato socialista a primeiro-ministro de não ter noção da situação que Portugal atravessa no campo da saúde.
“Não adianta estar com meias-palavras: o SNS está em crise. Não sei em que mundo vive Pedro Nuno Santos quando pergunta o que não funciona em Portugal. Ele não deve ver televisão, não ouve notícias ou nunca precisou de cuidados de saúde”, acusou.
Hugo Soares apontou que o PS tem um complexo entre gestão pública e gestão privada.
“O PS acredita que despejando dinheiro no SNS que se resolvem os problemas. O Hospital de Braga gasta mais dinheiro, mas o serviço é pior. Em Braga tínhamos uma PPP com melhores indicadores, melhor serviço aos utentes e a gastar menos dinheiro. Mas o PS tem um complexo ideológico entre público e privado”, apontou Hugo Soares.
O candidato frisou que a ideologia da AD é o povo e os seus problemas.
“A nossa ideologia não é o público nem o privado: são as pessoas e os seus problemas. Queremos recuperar o tempo das consultas, das cirurgias e da medicina familiar. Sempre que o SNS não o permitir, as pessoas terão um ‘voucher’ para irem ao privado ou ao social para terem os cuidados de saúde que merecem”, frisou.
Regresso da PPP a Braga
“Evidentemente, eu confirmo que, se a Aliança Democrática ganhar as eleições, o Hospital de Braga irá regressar ao modelo PPP. É uma decisão de Luís Montenegro, mas é uma decisão tomada com conhecimento sobre a região. É por isto que acredito que Luís Montenegro é o candidato mais preparado para assumir o cargo de primeiro-ministro. Ele esteve em todos os concelhos do país, ele conhece os resultados que a PPP tinha e os resultados que esta gestão pública apresenta. Havendo a possibilidade dos privados quererem voltar a estar na gestão do Hospital de Braga, eu não tenho dúvidas que esse é o caminho que teremos de seguir.”
Barcelos e Famalicão
“Barcelos precisa de um novo hospital e o de Famalicão está a precisar de obras. O Hospital de Barcelos tem sido prometido e sempre adiado. Temos assistido ao maior desinvestimento público de sempre, com o distrito de Braga a ser fustigado com uma gritante falta de respostas. Quero ser claro e sincero para com os cidadãos: não esperem que recuperemos todo o desinvestimento que houve nestes anos. Nós assumimos várias prioridades e a saúde está no topo.”
“Estamos a esmagar a classe média”
No âmbito salarial, a AD propõe a atingir os mil euros de salário mínimo até 2028 e os 1750 euros de salário médio até 2030. Uma proposta que, segundo Hugo Soares, é realista.
“O actual problema com os salários é que aumentamos, e bem, o mínimo, mas este está encostado ao médio. Estamos a esmagar a classe média. Queremos dar liberdade à iniciativa privada para produzir. São as empresas que pagam os salários e, por isso, nós propomos que, em três anos, a taxa de IRC se fixe nos 15 por cento, o que iria aumentar a atractividade de Portugal para o investimento estrangeiro. Temos de baixar os impostos sobre as empresas, não para os patrões terem mais lucros, mas para que estes possam reinvestir e pagar melhores salários”, frisou Hugo Soares, que também apresentou a possibilidade da criação de um 15.º mês salarial.
“Neste momento, não há classe média e nós queremos reconstruí-la. Também temos uma proposta para que as empresas possam pagar um 15.º mês aos trabalhadores que se destaquem pela produtividade e mérito, sendo esse salário isento de contribuições para a Segurança Social e impostos”, notou.
“Ex-ministro fez zero em Braga”
Hugo Soares também atacou o candidato socialista a primeiro-ministro, Pedro Nuno Santos, de não ter feito nada em Braga, enquanto ministro das Infraestruturas.
“Pedro Nuno Santos, enquanto ministro das Infraestruturas, fez zero em Braga. Foi contra a redução do preço das ex-SCUT’s e, agora enquanto candidato, é a favor da abolição. Pedro Nuno Santos diz hoje uma coisa e à tarde diz outra”, acusou Hugo Soares.
O candidato da AD apontou ainda a Pedro Nuno Santos e José Luís Carneiro por não terem sido capazes de apresentar uma solução para o ‘Nó de Infias’, em Braga.
“Entendemos ser necessário desembrulhar o ‘Nó de Infias’. Pedro Nuno Santos e o candidato do PS por Braga, o ex-ministro da Adminstração Interna, não conseguiram resolver. O problema do ‘Nó de Infias’ é fundamental para Braga, mas também para outros concelhos que rodeiam Braga. Temos questões infraestruturais na região que o Partido Socialista não conseguiu resolver, nem com o PRR”, apontou o social-democrata.
05 Setembro 2024
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