Um incêndio com alguma dimensão causou alarme entre os moradores de vários lugares da freguesia de Escudeiros, ontem à tarde.
A situação mais grave aconteceu por volta das 15 horas, na Rua da Formiga, com as chamas a chegarem bastante perto das casas. “Eu estava a arrumar a cozinha e vi um clarão que achei estranho. Abri a janela e vi muito fumo. O fogo começou em baixo nos campos e rapidamente chegou cá acima, perto da casa. Fiquei muito assustada”, disse Rosa Marques, a moradora da casa que esteve em perigo na Rua da Formiga.
Os bombeiros foram rápidos a chegar ao local. “Chegaram depressa a disseram para fecharmos as portas e janelas de casa”, revelou Rosa Marques, com receio dos reacendimentos.
O presidente da União de Freguesias de Escudeiros e Penso (Santo Estevão e São Vicente), Fernando Silva, também esteve no local a indicar os acessos aos bombeiros.
“Os bombeiros chegaram rápido e eu andei a dizer onde havia caminhos e quais eram as ruas e as bocas de incêndio. Estive envolvido e mobilizei o máximo que pude de bombeiros, protecção civil e da GNR. Fiz tudo o que estava ao meu alcance para mobilizar os meios”, disse Fernando Silva.

O autarca de Escudeiros e Penso (Santo Estevão e São Vicente), destacou a colaboração da população. “As pessoas socorreram-se do que tinham à mão, tanques e mangueiras. Muitas das pessoas que vinham para ver o fogo acabaram por ajudar a salvaguardar os bens” explicou Fernando Silva.
Devido ao vento, as chamas encaminharam-se para junto do Campo de Futebol de Guisande.
O presidente da União de Freguesias de Guisande e Oliveira S. Pedro, Augusto Carvalho também deu uma ajuda aos bombeiros nas proximidades do recinto desportivo. “Colaborei com os bombeiros e dei o meu melhor, porque o fogo entrou um bocadinho na minha freguesia”, deu conta Augusto Carvalho.

O incêndio foi combatido por vários meios dos Bombeiros Sapadores e Voluntários de Braga, de Famalicão e das Taipas. Contaram com o apoio de dois meios aéreos ao início da tarde.
A GNR disponibilizou várias patrulhas e registou a ocorrência.
Em Vieira do Minho, na freguesia de Rossas um fogo em mato obrigou à intervenção de 57 operacionais, apoiados por 11 viaturas e dois meios aéreos,
Nos Arcos de Valdevez, cerca de 200 bombeiros e cinco meios aéreos estiveram empenhados, ontem a tarde, no combate a um fogo florestal, na União de Freguesias de S. Jorge e Ermelo. O alerta foi dado às às 21.20 horas de terça-feira. Durante a madrugada esteve no local cerca de uma centena de bombeiros, mas os meios tiveram de ser reforçados durante o dia de ontem, devido à intensidade do vento.

O concelho tem sido fustigado por vários fogos nos últimos dias o que levou, ontem, o presidente da Câmara Municipal dos Arcos de Valdevez a solicitar ao Governo mais policiamento e investigação. “Tudo indica que é fogo intencional e de origem criminosa pelas circunstâncias em que ocorreu. Temos de ter uma acção concertada de forma que se consiga travar estas pessoas”, disse João Manuel Esteves. O presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários dos Arcos de Valdevez, Germano Amorim, disse ser ne- cessário reflectir sobre a situação da Protecção Civil.
Durante o dia de ontem ocorreram também incêndios em Guimarães, Póvoa de Lanhoso, Vila Verde, Fafe, Ponte de Lima, e Ponte da Barca.