A tradicional cerimónia de Entrega de Cartas de Curso reuniu ontem cerca de 200 diplomados no campus do Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA), em Barcelos. Tido como um momento marcante para estudantes, e respectivas famílias, a cerimónia de Entrega de Cartas de Curso traduziu-se num “acontecimento memorável e compensa- dor para toda a comunidade académica”, resultando de um longo processo marcado pelo “empenho, dedicação e esforço”, notou a presidente do IPCA. No seu discurso, Maria José Fernandes sublinhou que o grande desafio de Portugal passa pela retenção de talento, e apelou aos agora diplomados para que “fiquem no território, ajudando organizações e empresas a darem seguimento a uma onda de desenvolvimento”.
A mensagem ontem dirigida pela presidente do IPCA aos recém-diplomados ficou marcada por um apelo à retenção de talento. “Vocês pertencem aos activos mais qualificados da região, mas é importante que fiquem no vosso território, que fiquem na nossa terra, para ajudar as organizações e as empresas a terem pessoas melhor preparadas para enfrentar os desafios actuais e futuros e permitirem continuar a onda do desenvolvimento, pois só este trará mais riqueza”, apelou. Neste sentido, Maria José Fernandes sublinhou também a necessidade de “criar e implementar políticas públicas que dêem melhores condições para retribuírem o investimento que foi efectuado na formação”.
No dia de ontem, foi mais uma vez referido que a missão do IPCA vai para além de gerar, difundir e aplicar conhecimento. “A nossa responsabilidade é garantir que a educação não se transforme num sistema de propósito único, mas de propósitos. A nossa missão passa por forma cidadãos reflexivos e participativos, que criem soluções para os problemas actuais e futuros da humanidade e do ecossistema onde estão inseridos”, considerou.
Uma palavra foi dirigida às famílias, responsáveis pelo “amparo e incentivo em momentos de frustração e desânimo”, assim como aos diplomados, cuja entrega da Carta de Curso “é sinónimo de júbilo, exaltação, de sentimentos de dever cumprido”.
Esta é a conclusão de um ciclo formativo, “mas não o fim dos estudos e da formação”, notou Maria José Fernandes, lembrando assim a necessidade de aprendizagem ao longo da vida, num “constante aperfeiçoamento e aprofundamento dos conhecimentos e competências”.
O percurso do IPCA ao longo de 30 anos foi também referido pela sua presidente, que destacou a ligação ao território, num trabalho articulado, que levou o IPCA a afirmar-se como “uma alavanca para o desenvolvimento e coesão social e territorial”.
Entre as mais recentes conquistas foram destacadas a integração na RUN-EU Universidade Europeia, a 1.ª residência de estudantes a funcionar, a construção do B-CRIC - Collaborative Research and Innovation Center, a nova Escola Superior de Desporto, Bem-Estar e Sistemas Biomédicos, as futuras instalações da Escola Hotel, em Guimarães, e a construção do edifício K2D.
Ao longo de três décadas o IPCA formou 12.978 estudantes, “número que revela o crescimento, e evidencia o trabalho, dedicação, perseverança, além do reconhecimento a nível local, regional, nacional e internacional”, notou Maria José Fernandes.