Melgaço expande apoios ao sector pecuário e inclui incentivos à apicultura
2025-01-20 às 06h00
Condições atmosféricas alteraram-se mesmo antes do arranque: o frio e a chuva pautaram ontem, em Viana do Castelo, o andamento dos atletas na 26.ª Meia Maratona Manuela Machado.
João Almeida e Solange Jesus venceram ontem, em Viana do Castelo, a 26.ª Meia Maratona Manuela Machado, prova disputada do princípio ao fim sob chuva e com a temperatura a descer.
A intempérie, que se começou a abater mesmo antes do início da corrida, além de perturbar o rendimento dos atletas, diluiu a presença do público. Alguns resistentes permaneceram, ainda assim, junto ao percurso, de guarda-chuva ou com um impermeável a incentivar os competidores.
No sector masculino, o atleta do Recreio Desportivo de Águeda, João Almeida, que completou o percurso em uma hora, 5 minutos e 26 segundos, destacou-se nos últimos oito quilómetros, dos opositores Fernando Serrão, do SC Braga, com mais 13 segundos, e Pablo Otero, do Vitória SC, que fechou o pódio com uma hora e seis minutos.
Na vertente feminina, a atleta do SC Braga Solange Jesus, que venceu pela quarta vez esta prova, fez uma ponta final a solo, deixando a Mónica Silva, do Macedo de Cavaleiros, a um minuto e 4 segundos e, mais atrás outras duas atletas do SC Braga, Vanessa Carvalho e Sara Duarte.
Quatro mil inscritos na prova, salienta Manuela Machado
“A Meia Maratona teve 4000 inscritos. Com esta chuva, que não apareçam cem ou cento e tal, é normal. Mas foi aquilo que qu queria e que eu estava à espera. As pessoas aderiram”, frisou Manuela Machado.
A atleta campeã do mundo da maratona (Gotemburgo, 1995), que nas últimas décadas tem-se dedicado à dinamização desta meia-maratona com o seu nome na cidade onde vive, reconhece no entanto que a intempérie teve efeitos.
“Na caminhada é que se perdeu mais gente, mas não há nada a fazer. Estamos em Janeiro e já sabemos que é assim, mas estou muito satisfeita”, adiantou.
“A cidade (Viana do Castelo) está cheia, com muitos portuguesa e muitos espanhóis, a cidade ganhou. E é bom ouvir, como eu ouvi, que esta é uma meia maratona mítica, que é para estar aqui com sol ou com chuva, e que esta é a rainha das meias maratonas”, prosseguiu.
“Isso é que me fascina e faz-me já trabalhar para a próxima”, garantiu.
Ontem, Manuela Machado deu o exemplo e cumpriu ela mesma a caminhada dos 5 km.
Luís Nobre: “Todos nós ganhamos com este evento”
“Todos nós ganhamos com este evento e com a sua consolida-ção e o seu crescimento. Naturalmente, ganham a hotelaria, a restauração e a projecção da cidade”, frisou ontem Luís Nobre, presidente da Câmara Munici-pal de Viana do Castelo.
Em declarações que prestou ao Correio do Minho, o autarca vincou a capacidade da antiga atleta no papel pessoal, agora assumido, de organizadora de competições e o seu impacto positivo.
“Naturalmente, toda a cidade ganha’, salientou, apontando o “número crescente de atletas que participam: quatro mil”.
Para além da competição e do impacto da prova na projecção e na economia do concelho, o edil assinalou também o fomento de “hábitos saudáveis, porque o desporto é também saúde; acho que se ganha um incremento extraordinário”.
“O percurso da Manuela tem sido extraordinário, todo o seu envolvimento, esta mobilização e toda esta agregação, todo este benefício que traz, de uma forma holística”, destacou.
Reconhecendo como sendo “natural” que as más condições climatéricas que ontem se fizeram sentir em Viana do Castelo “tenham afastado um bocadinho o público”, por outro lado assinalou o agradecimento aos atletas “pelo esforço que eles fizeram para nestas condições participarem”.
“Acho que a avaliação tem que ser positiva” — comentou ainda, reconhecendo “o mérito desta prova, a qualidade da prova, esta consolidação que tem conseguido, ano após ano”.
Luís Nobre frisou o “nome de referência” da atleta Manuela Machado, que — considerou, continua “organizadora, mobilizadora, agregadora”fez ainda questão de evidenciar o “continuar a cuidar com a excelência que a Manuela tem feito, motivando, inspirando, e também dando notoriedade à prova, que é o que importa”.
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