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2024-11-16 às 06h00
João Rodrigues, actual vereador da Câmara Municipal de Braga, referiu, em entrevista ao programa ‘Primeiro Plano’, da Rádio Antena Minho, Correio do Minho e CMinho TV, que está preparado para suceder a Ricardo Rio e assumir a presidência da Câmara Municipal de Braga.
João Rodrigues (actual vereador da Câmara Municipal de Braga com os pelouros do Planeamento e Ordenamento, Gestão Urbanística, Regeneração Urbana, Habitação, Inteligência Urbana e Inovação Tecnológica) é o candidato do PSD à Câmara Municipal de Braga nas próximas eleições autárquicas de 2025, tendo sido o primeiro nome a ser conhecido para estas eleições.
O actual vereador bracarense marcou presença no programa ‘Primeiro Plano’ onde esteve à conversa com Rui Alberto Sequeira e Paulo Monteiro.
“Se olharmos para os números e para o que se tem passado no interior do partido, sinto que há um claro apoio das pessoas à minha candidatura. Tenho noção da grande responsabilidade que assumi e tenho grande noção da responsabilidade que me foi colocada sobre os ombros. Porém, eu tenho a profunda convicção que estou absolutamente preparado para este desafio. Certamente que nos momentos de escolha haverá pessoas com outras opiniões, mas o que é certo é que vivemos numa democracia e o meu nome foi votado com uma extensa maioria. O importante agora é falar para fora do partido”, frisou o candidato dos sociais-democratas.
Recorde-se que João Rodrigues superou a concorrência de Olga Pereira, que foi a única voz a colocar outra opção na mesa dos sociais-democratas, apesar de outros nomes terem chegado a ser falados para uma possível candidatura, como foi o caso de Rui Morais.
“Dos nomes que falou, só um se candidatou. O Rui Morais entendeu que não devia candidatar-se, enquanto que a Olga Pereira decidiu colocar o seu nome a sufrágio. O que aconteceu é que 80 por cento dos votos entenderam que eu estou melhor preparado para este desafio. Hones- tamente, considero que tenho melhores condições e foi bom ver que o partido concorda com essa opinião. Agora, eu não tenho dúvidas que, ultrapassado esse processo, temos um PSD unido, com todos a remar para o mesmo lado”, garantiu João Rodrigues.
O candidato do PSD à Câmara Municipal de Braga recordou ainda que os sociais-democratas vão-se apresentar nas eleições autárquicas de 2025 com uma coligação. Questionado sobre a possibilidade da Iniciativa Liberal se juntar a esta ‘família partidária’, João Rodrigues mostrou-se receptivo a essa possibilidade.
“Esta coligação já é muito antiga. Começou com o CDS e PPM e alargou-se, nas últimas eleições, ao Aliança. Neste momento, eu assumo que estamos abertos a estender essa coligação. Parece-me óbvio que a Iniciativa Liberal partilha desses mesmos valores e partilha também das ideias que temos para a cidade. Todavia, não estamos abertos apenas a outros partidos. Queremos mostrar que as pessoas também têm uma voz na vida de Braga”, confessou João Rodrigues.
O vereador bracarense ainda deixou bem expresso que tem uma forte relação com Altino Bessa, vereador da Câmara Municipal de Braga que representa o CDS, tendo frisado a sua expectativa em contar com os centristas nessa coligação para as eleições autárquicas de 2025.
“Tenho uma relação excelente com Altino Bessa. Não que eu ache que transpareça o contrário. É, possivelmente, das pessoas com quem mais falo e troco ideias no dia-a-dia sobre a gestão municipal. Porém, algo que não se pode esquecer é que a responsabilidade de uma candidatura em coligação é dos partidos. PSD, CDS, PPM, Aliança, por ventura, a IL, são os partidos que têm de decidir se a coligação avança. Neste momento, enquanto candidato do Partido Social-Democrata, posso assegurar que estou disponível para continuar com a coligação e, até, estender a mesma. Obviamente, o CDS e o vereador Altino Bessa terão que decidir se querem integrar a coligação, mas a minha expectativa é que isso venha a acontecer”, garantiu o candidato social-democrata.
João Rodrigues recordou ainda que trabalhou com o actual presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, por sete anos e que se sentiu na obrigação de lhe comunicar a sua vontade em avançar com a candidatura.
“Naturalmente, falei com o presidente Ricardo Rio antes de avançar com a candidatura. Nunca poderia tomar esta decisão sem a comunicar ao presidente. Ricardo Rio deu a sua opinião e fez bem em fazê-lo. Todos temos direito a ter uma opinião e expressá-la, isso é que é viver em democracia. Não tenho dúvidas que tenho o apoio do presidente e de todo o partido”, confessou João Rodrigues.
Embora o PSD já tenha chegado a acordo sobre quem irá tentar suceder a Ricardo Rio na presidência da Câmara Municipal de Braga, o mesmo não se pode dizer do Partido Socialista. Perante esta situação, João Rodrigues frisou não ter uma preferência sobre quem enfrentar nas eleições, esperando apenas deparar-se com um candidato que seja competente.
“O melhor adversário será sempre aquele que for mais competente. Sem querer ser simplista, vejo com alguma preocupação os acontecimentos no Partido Socialista. Antes da reunião do PSD para a escolha do candidato, houve um conjunto de presidentes de junta do PSD e independentes que tiveram apoio do partido que manifestaram o apoio à minha candidatura, mesmo antes da votação ter sido feita. Neste momento, no Partido Socialista, vejo autarcas a dizerem que não se vão candidatar pelo PS se determinado candidato for candidato à Câmara Municipal de Braga. Não me compete avaliar isso, mas estou com curiosidade para ver o desfecho desse processo”, confessou João Rodrigues.
Pedro Sousa, Artur Feio e Hugo Pires têm sido os nomes mais falados dentro do seio socialista, sendo que João Rodrigues aproveitou para tecer uma rápida análise a cada um desses possíveis candidatos que terá de enfrentar nas eleições autárquicas de 2025.
“Nenhum dos três nomes parece sobressair-se. Vejo um candidato a dizer que quer muito ser presidente da Câmara Municipal de Braga, desde pequenino, e que diz ter esse direito. Vejo outro que é vereador e é uma pessoa que respeito e que reconheço algum trabalho, embora não considere que esteja preparado para assumir funções de presidente. Depois, há o caso do Hugo Pires, que a meio do mandato como vereador decidiu abdicar para ir para Lisboa. Pareceria-me estranho se ele voltasse a Braga. Quem se predispõe para assumir a presidência da Câmara Municipal de Braga, tem de ter essa noção. Estamos cá para servir a cidade e não para nos servir a nós. Devemos ter a cabeça e os pés assentes na cidade e não é a partir de Lisboa que vamos governar Braga, aliás, quero que tenhamos voz em Lisboa, junto do Estado central”, apontou João Rodrigues.
Receia uma divisão de votos com possíveis candidaturas independentes?
Questionado sobre a possibilidade de surgirem candidaturas independentes à Câmara Municipal de Braga e que essas possam dividir o eleitorado (tendo sido dado o caso de uma possível candidatura de Ricardo Silva, actual autarca da freguesia de São Vitor), João Rodrigues desvalorizou essa questão, mostrando-se confiante na sua candidatura e tendo frisado que Ricardo Silva, se concorrer, não é o candidato do PSD.
“Não estou preocupado com possíveis candidaturas independentes. O presidente da Junta de Freguesia de São Vitor, pura e simplesmente, não pertence a nenhum partido e manifesta a sua vontade em candidatar-se. Se for esse o caso, seja bem-vindo à corrida. Há muita gente com essa predisposição e o presidente de São Vitor é mais um”, confessou o candidato dos sociais-democratas.
Qual a justificação de já ter sido apresentado como candidato pelo PSD?
Ainda estamos a sensivelmente um ano das eleições autárquicas de 2025, o que levanta a questão do porque é que o PSD mostrou-se tão apressado em apresentar o seu candidato à Câmara Municipal de Braga. Uma questão que João Rodrigues considera que deve ser enderaçada à direcção do partido, embora considere que o tempo extra de preparação só pode ser visto como positivo para a sua candidatura e para a cidade de Braga.
“Essa é uma pergunta que deve ser feita à direcção do PSD, da qual eu não faço parte. Aquilo que eu assumo, sem qualquer problema, é que, quanto mais tempo tiver para reunir ideias, reunir pessoas, preparar um programa, pensar aquilo que se quer para Braga nos próximos anos, é positivo para esta candidatura e para a cidade, pois esta candidatura propõe-se a liderar a cidade nos próximos anos”, salientou João Rodrigues.
O vereador bracarense frisou que quer aproveitar o ‘tempo extra’ para conhecer as prioridades das pessoas para a cidade.
“Acho que era negativo fazermos aquilo que, quem já está no poder, costuma fazer, que é ser o último a ser apresentado. Nós fizemos exactamente o contrário. Não tenho receio nenhum de ser candidato durante um ano e, pelo contrário, quero aproveitar as oportunidades que me vão surgir durante este ano para conhecer as as ideias e as prioridades das pessoas para a cidade de Braga”, frisou o vereador.
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