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2025-05-02 às 06h00
Correio do Minho prossegue a série de entrevistas aos cabeças-de-lista dos partidos com assento parlamentar na antecâmara das eleições de 18 de Maio. José Luís Carneiro, candidato do PS, está confiante na vitória e garante que o objectivo é vencerem o distrito e o país. A primeira prioridade passa pela saúde, seguindo-se a habitação, transportes e mobilidade.
Vitória. É com um discurso claro de confiança que o Partido Socialista prepara as eleições de 18 de Maio, de olhos postos em ganhar o distrito de Braga e contribuir para um cenário de maioria no Parlamento. Em entrevista à Rádio Antena Minho, Correio do Minho e CMinho TV, o cabeça-de-lista José Luís Carneiro lembrou que Braga é um distrito “dos mais inovadores do país”, se não mesmo o mais inovador, e “empreendedor”, onde o partido tem “provas dadas” suficientes para alimentar esta confiança numa vitória.
“Nós estamos a trabalhar para ganhar as eleições. Há um factor que as pessoas não podem esquecer, e para convencer os 15% de indecisos, chamo a atenção que o Partido Socialista tem 152 câmaras no país e as pessoas sabem o que é o Partido Socialista nas autarquias locais, aquilo que são as marcas do PS nas autarquias locais. São marcas muito fortes de competitividade da economia e de justiça social e não deixarão esses motores autárquicos de contribuir para os resultados que o PS vai alcançar. O nosso cenário em que estamos a trabalhar é o cenário da vitória”, sublinhou o candidato socialista, confessando que o líder do partido, Pedro Nuno Santos, pode contar “com toda a minha lealdade e todo o meu apoio” neste percurso até às eleições “para o apoiar no desempenho de funções de primeiro-ministro”.
“Temos provas dadas e, portanto, acredito que os 15% de pessoas que estão indecisas à medida que o curso da campanha se desenvolver têm ainda condições para compreenderem o que está em causa e darem uma confiança maioritária ao Partido Socialista”, frisou.
José Luís Carneiro lembrou que a crise política que o país atravessa “é responsabilidade é do Governo da AD e do primeiro-ministro”. “O Governo prometeu tudo e a todos e tirando o facto de distribuir os recursos por várias classes profissionais que o Partido Socialista tinha deixado, os problemas estruturais do país nenhum até agora teve pelo menos um plano de solução”, frisou.
No meio da questão política, o distrito de Braga tem servido quase como um barómetro em termos daquilo que são os resultados eleitorais a nível nacional, o PSD e o PS têm-se alternado em termos de resultados, e José Luís Carneiro eleva as expectativas para este acto eleitoral, esperando recuperar a vitória no distrito.
“Avaliando com rigor, com seriedade, com bom senso, aquilo que o Partido Socialista fez para o distrito de Braga quando esteve no Governo e, sobretudo, os compromissos que deixou assinados com garantias de financiamento para este distrito, entendo que seremos merecedores da confiança dos cidadãos, da maioria dos cidadãos deste distrito e, portanto, naturalmente, gostaríamos de ter a confiança da maioria dos cidadãos e das cidadãs. Isso significava ganhar as eleições no distrito de Braga e, com isso, contribuir para a vitória do Partido Socialista a nível nacional e fazer de Pedro Nuno Santos o nosso primeiro-ministro. E porquê é que eu digo isto? Nós tivemos nove deputados em 2022, depois da gestão da crise da pandemia e os cidadãos reconheceram o esforço, a tenacidade e a capacidade do primeiro-ministro António Costa na gestão dessa crise e quiseram que o Partido Socialista também tivesse mãos livres para poder adoptar as políticas que se impunham ao país”, realçou o socialista.
Para o cabeça-de-lista, a “AD prometeu soluções simples na saúde, prometeu soluções céleres na habitação, prometeu soluções duradouras para várias classes profissionais”, mas, “ao fim de um ano se fizermos um balanço nada foi feito em termos concretos”. “Assumiu compromissos que não pode cumprir”, rematou.
Saúde é a principal bandeira e prioridade do PS
A principal bandeira do PS para a campanha nestas legislativas é a saúde, com José Luís Carneiro a revelar que equipar os centros de saúde com equipamentos de medicina dentária é uma das prioridades do programa de Governo do Partido Socialista, assim como “colocar algumas especialidades médicas nos cuidados primários de saúde”.
“Estou a falar, por exemplo, para além da medicina dentária, saúde materno-infantil e saúde mental, porque são áreas hoje de grande necessidade”, sublinhou.
Segundo o cabeça-de-lista por Braga, “para resolvermos os assuntos relativos às urgências hospitalares, temos que resolver bem os cuidados primários de saúde”.
Considerando que essa solução passa pela “gestão de recursos”, José Luís Carneiro critica o facto “deste Governo ter interrompido uma mudança e uma reforma que estava em curso, nomeadamente na estrutura executiva do Serviço Nacional de Saúde”.
“Só é possível resolver de forma sustentada as respostas na saúde, se nós formos capazes de ter cuidados primários de saúde mais capazes, mais capacitados e triar para as urgências aquilo que deve estar na urgência e, portanto, as unidades locais de saúde têm em vista responder a essa necessidade”, defendeu, dando conta de que a saúde dos portugueses “exige respostas” e para essas respostas serem o mais rápido possível e o mais qualificadas possível, devem exigir a mobilização de todos os recursos”.
Neste sentido, o PS defende ser necessário “mobilizar todos os recursos para responder às necessidades das pessoas” e “fazer do Serviço Nacional de Saúde o esteio dessa resposta”.
Questionado se o Hospital de Braga se irá manter na esfera do Estado, se o Partido Socialista vencer as eleições, o candidato foi peremptório: “o nosso compromisso é de fazer do Serviço Nacional de Saúde o esteio fundamental. Devem ser avaliadas as vantagens e as desvantagens das parcerias público-privadas. O Governo anunciou cinco parcerias, mas não tornou públicos os estudos que fundamentam essa decisão. Eu acho que vale a pena ouvir os que estiveram na administração do hospital”, referiu.
José Luís Carneiro anunciou ainda que o quartel do comando da GNR em Braga mantém-se como prioridade do PS e lembrou, a propósito da segurança e da imigração, que o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, “estava subdimensionado para as necessidades que o país tem em termos de resposta ao desafio das migrações”.
“Sabia-se que o SEF já não conseguia dar resposta às necessidades. Basta olhar, por exemplo, para o que se passava no aeroporto de Lisboa. Hoje temos as fronteiras nacionais mais reguladas do que tínhamos no passado”, explicou.
No plano dos salários, o cabeça-de-lista diz que o partido tem duas metas “muito claras”: “uma é aumentar o salário mínimo nacional até aos 1.110 euros até ao final de uma legislatura de quatro anos e temos também, por objectivo, aumentar, continuar o ritmo de aumento dos salários médios em termos nacionais”.
Por outro lado, “assumimos também reforçar as contribuições, os apoios, nomeadamente para despesas com a saúde e para despesas com habitação, caso do apoio à renda apoiada”. “O que significa que nós, por um lado, queremos aumentar o salário mínimo e o salário médio, mas, simultaneamente, apoiamos também a estrutura de rendimentos, na medida em que procuramos mitigar e diminuir os custos de vida dos cidadãos”, esclareceu.
No que diz respeito à habitação, o PS defende “o apoio ao arrendamento” e uma meta de “5% de oferta pública de habitação”, que “significa irmos para cerca de 180 mil habitações”.
“Temos que colocar todos os motores do Estado, quando digo Estado digo do IHRU, autarquias, todos os motores das cooperativas, IPSS, Misericórdias, Politécnicos, Universidades, por causa do alojamento estudantil, e também os privados a construir. Esse é o nosso plano, por isso, é que propomos também um pacto político para 10/12 anos, porque para respondermos a estas necessidades é preciso aqui o tempo de uma geração, para ter todos os motores do país a contribuir para esse objectivo nacional”.
Quanto à mobilidade e ao BRT, diz ser necessário “salvaguardar, que os 100 milhões de euros que estavam disponibilizados para esse investimento continuam a ter utilidade nas opções futuras que venham a ser feitas”.
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