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2025-07-03 às 06h00
Ex-secretário de Estado vai recorrer para a hierarquia do Sistema Nacional de Saúde de uma avaliação de incapacidade de 56% a uma pessoa de 94 anos, de mobilidade reduzida, que sofre de cancro e está quase cega.
José Gomes Mendes, professor de Engenharia da Universidade do Minho, vai recorrer para a hierarquia do Serviço Nacional de Saúde de uma avaliação por uma junta médica que, nos últimos dias de Junho, atribuiu uma incapacidade de 56% a uma pessoa de família - confirmou o próprio, ontem, por telefone ao Correio do Minho.
O ex-secretário de Estado considera que isto é “escandaloso” porque com menos de 60% não se tem acesso a praticamente nenhum apoio social. Nem sequer o acesso ao subsídio para custear as deslocações em ambulância que a levam, com dificuldade, ao hospital.
Nas declarações que nos prestou, José Gomes Mendes salientou que pessoalmente dispõe de condições para pagar o transporte de ambulância, mas lembrou que nem toda a gente tem essa possibilidade e considera que em questão está não só este caso mas um sistema injusto, pois “o mesmo pode acontecer a uma pessoa idosa que viva sozinha em Freixo de Espada à Cinta”.
O assunto tornou-se público, inclusivamente suscitando o interesse de televisões, quando anteontem José Gomes Mendes partilhou, na sua página de Facebook, uma nota a dar conta de “uma situação que me revolta profundamente e sobre a qual não pretendo ficar calado”.
Acrescenta que se trata de uma pessoa com 94 anos, “com um histórico oncológico (cancro aos 84), praticamente cega, com artroses incapacitantes nos joelhos, diabetes, e totalmente dependente de terceiros para as actividades mais básicas da vida: não se consegue levantar da cama sem ajuda, não consegue caminhar, não consegue fazer as suas necessidades nem tomar banho sozinha”.
“O seu estado cognitivo está profundamente afectado e, devido ao peso, são necessárias duas pessoas para a ajudar a movimentar-se. Teve recentemente um internamento hospitalar e várias idas ao hospital, devido a um pé ulceroso, e apenas pode deslocar-se em ambulância”, prossegue.
“Não sou médico. Sou professor de engenharia. Mas sei analisar sistemas, sei avaliar quando um conjunto de falhas estruturais compromete totalmente o funcionamento de um organismo. E neste caso, é evidente que a pessoa em causa está gravemente incapacitada. Com todo o respeito pela classe médica, há aqui algo que falhou de forma inaceitável. A medicina, quando aplicada à avaliação de incapacidade, exige rigor técnico, mas também consciência ética e sensibilidade humana. Este resultado, objectivamente, não respeita nenhuma dessas dimensões”, continua ainda a publicação no Facebook.
“A minha indignação é a de um cidadão e contribuinte que paga impostos e que observa, todas as semanas, notícias sobre médicos que demonstram grande perícia a contornar regras legais quando se trata dos seus próprios interesses”, acrescenta ainda.
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