‘Março com Sabores do Mar’ com exposição em Esposende
2020-11-24 às 17h16
Youcanthide é o nome do novo projecto do cantor galego Kaixo e da banda ‘Kings Of The Beach’. Com esta “sinergia incrível” e porque “o público estava à espera de um projecto desta natureza”, o cantor e a banda estão já a trabalhar no segundo álbum.
Apostando na linha do denominado NewPunk, o galego Kaixo tem um novo projecto com a banda ‘Kings Of The Beach’ e acabam de editar o primeiro álbum com o mesmo nome do projecto: YoucanThide. Com uma “alma muito galego-portuguesa”, Kaixo e a banda pretendem “fazer muita coisa” em Portugal em 2021.
Em entrevista à Rádio Antena Minho, o reconhecido cantor galego fala do seu percurso e estilo musical marcado pela crítica à sociedade contemporânea. “Juntamos duas personalidades numa só. Também é bom e assim apresentamos um conceito mais amplo”, referiu Kaixo aos microfones da rádio Antena Minho, garantindo que este “não vai ser um projecto de um ou três anos, vai ser um projecto a largo prazo”.
A sinergia entre artistas é para o cantor galego “incrível”. “Só fizemos um concerto e lançamos o primeiro álbum em Setembro, mas já estamos a preparar um segundo trabalho com oito ou nove músicas”, revelou Kaixo, desvendando que se tratam de “letras reivindicativas e criticas à sociedade, mantendo o olhar atento, mas agora de outro prisma”. O cantor justificou: “se estamos sempre a reivindicar da mesma forma, as pessoas dizem ‘é o Kaixo outra vez’”.
Kaixo mostrou-se entusiasmo já que começa a perceber que o público “estava à espera de um projecto desta natureza”. O cantor galego foi mais longe: “foi estranho, quando voltei para Vigo não sabia que tinha uma relevância tão grande, mas na noite as pessoas conhecem-me. Tenho 30 anos e as pessoas já dizem que sou uma lenda e um histórico, mas acho que não. Mas é importante ser uma referência positiva e ser reconhecido”.
A trabalhar há um ano no projecto, Kaixo e a banda apostam mais nas influências da banda britânica IDLES e também com reminiscências de grupos como Rage Against The Machine ou Turnstile, mas sempre com um toque pessoal de “imaginário e de crítica social ácida e irónica”.
O jovem galego leva a música a todos os palcos de Espanha e agora em conjunto com a banda quer experimentar novos espaços. Mas de repente chegou a pandemia. “Tinha o álbum em caixa, tudo preparado para um 2020 brutal e fui até nomeado para os Prémios de Música da Galiza. Foi um início de ano incrível, mas da noite para o dia mudou tudo”, recordou Kaixo, confidenciando que “foi muito complicado”. Em Espanha, continuou o cantor, “há muitos vazios legais na música e dentro da cultura está muito complicado em todos os níveis, só existe música em streaming, não há concertos. Tão pouco há um plano político para abordar esta situação”.
Para Kaixo, o streaming “tem que ser uma ferramenta para completar a difusão cultural, mas não tem que ser o veículo principal”. Converter toda a cultura em streaming é para o cantor “um erro”. “Este não é o caminho, é mais uma ferramenta da difusão cultural, mas não podemos centrar nisso, porque perde a essência e a alma e a alma da cultura é o directo. Ter aquela sensação de ver um concerto e de ver uma peça de teatro é um ritual quase espiritualista”, defendeu o cantor ainda aos microfones da rádio Antena Minho.
Kaixo dedica-se à música há cinco anos. Estudou cinema na cidade do Porto e foi lá que conquistou “uma ambição mais forte em relação à cultura”. O cantor galego explica: “a cultura é um dos valores essenciais do homem e em Espanha não há essa característica. Foi muito interessante a todos os níveis a minha estadia no Porto, na Galiza ainda temos que descobrir muito Portugal”.
Com a formação em cinema, Kaixo conseguiu ter outra amplitude dos conceitos visuais. “O cinema deu-me capacidade de conseguir metáforas visuais e conseguir ideias. Devo algo à minha formação, tenho muitas ideias, mas ainda não sei o que vou fazer”, confessou.
Um apaixonado pelo Norte de Portugal, o cantor galego também não se cansa de dar elogios à cidade de Braga. “Braga é uma grande cidade, todas as vezes que lá vou descubro coisas novas e propostas culturais incríveis”, aplaudiu o cantor, lamentando que “falta uma interacção maior entre Galiza e Norte Portugal, sobretudo cultural”.
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