Cerca de 70 cidadãos estrangeiros, de várias idades e nacionalidades, estão a frequentar, desde ontem, um curso de Verão de Português como Língua Estrangeira, promovido pelo BabeliUM - Centro de Línguas da Universidade do Minho (UMinho). O curso, que decorre até ao dia 22 de Julho, vai na 32.ª edição, sendo que este ano retoma as sessões presenciais. “Nos últimos dois anos estivemos a trabalhar apenas na modalidade online (devido à pandemia da Covid-19). Este ano estamos a retomar o formato presencial, ainda com menos fôlego do que em 2020, porque os públicos de países como a China ainda estão fechados”, explicou Micaela Ramon, coordenadora do Curso de Português Língua Estrangeira.

Os alunos são divididos em duas turmas em formato presencial e outras duas em formato digital (online), e são provenientes dos quatro cantos do mundo. “Este ano temos uma particularidade, dando continuidade ao trabalho que já fizemos a partir de Março, que é acolher cidadãos refugiados da Ucrânia que vêm fazer uma iniciação ao Português como Língua Estrangeira, como medida de complemento à medida de integração dos refugiados”, indicou Micaela Ramon. Os restantes alunos são provenientes de países como a França, os Estados Unidos da América, Suiça, Guiné - Bissau, Colômbia, México e Japão.
O objectivo do curso é dar a conhecer a língua portuguesa, as culturas que se expressam em português (dos países africanos de língua oficial portuguesa, do Brasil e de Timor-Leste). Temas que têm merecido uma grande procura. “O português é uma das línguas mais procuradas no mundo. É uma língua que não está ameaçada de extinção, muito pelo contrário, em virtude da demanda de estrangeiros que vêm para Portugal, mas sobretudo, devido à presença do Português no mundo”, revelou Micaela Ramon.

Na sessão de abertura do curso, o presidente do BabeliUM, Jaime Costa, afirmou que “o português é uma língua falada em todos os continentes. Temos portugueses em muitos países, até na Ucrânia”.
O curso, leccionado por duas professoras da UMinho, inclui as componentes de iniciação e de prática mais avançada. Ontem mesmo os alunos presentes fizeram uma prova diagnóstica que permitiu definir qual das duas vertentes cada um dos alunos deve frequentar. Além das aulas presenciais, os alunos podem participar em momentos de lazer e convívio, como visitas a museus ou aos pontos turísticos da cidade de Braga e da região. Também ontem os participantes tiveram oportunidade de efectuar uma visita guiada ao ‘campus’ de Gualtar da UMinho.