É o “maior investimento de sempre” em edifícios do parque escolar do concelho e vai “fazer justiça” a uma ampliação e requalificação há muito desejada. Foi lançada, ontem, a primeira pedra da obra na Escola Secundária Padre Benjamim Salgado, em Joane, cujo investimento total - incluindo obra, apetrechamento e instalações provisórias - ronda os 20 milhões de euros, valor comparticipado no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Na cerimónia, o autarca Mário Passos lembrou que esta requalificação era há muito reclamada, depois de as outras duas secundárias do concelho terem sido intervencionadas pelo Estado e tendo em conta o aumento do número de alunos e o estado de conservação dos edifícios.
“Sabemos que aqui este projecto pedagógico, no que concerne ao ranking, indica que é um dos nossos melhores projectos e venho aqui, acima de tudo, agradecer a resiliência que a comunidade educativa teve, por forma a que mesmo sem grandes condições tivessem alcançado o sucesso que conhecemos”, sublinhou o presidente da Câmara de Famalicão, acrescentando que a obra permite ainda ampliar a capacidade de incorporar mais alunos.
Por outro lado, frisou o edil, esta intervenção permitirá cumprir “um grande objectivo que tenho que é não haver escolas de primeira e escolas de segunda, só queremos escolas de primeira”.
“A educação é a pedra basilar de um sistema de desenvolvimento social e económico e aqui está um bom exemplo do maior investimento da câmara municipal de toda a sua história é na educação”, reforçou Passos, dando conta de que, em 2025, “estão destinados 23 milhões de euros para investimento no parque escolar”, com destaque para a Escola de Brufe e a Senador Sousa Fernandes.
“Grande empreitada” obrigou a criar uma escola provisória, com mais de 300 pré-fabricados, “que está em desenvolvimento de forma a que toda a estrutura educativa e meios possam ser deslocados” a curto prazo, por forma a cumprir “um grande desafio” de ter a obra concluída “num ano e meio”, já que a janela temporal do PRR é mais curta.
Segundo explicou o director da secundária, José Moreira, os 1.200 alunos já estão a ser divididos entre a Escola Bernardino Machado (8.º ano e algumas turmas de secundário) e a futura área de campus escolar pré-fabricado.
“As mudanças criam às vezes alguma instabilidade e desconforto, mas os alunos e professores estão cientes que este esforço vale a pena e daí as coisas estarem a correr de acordo com o que planeámos. Estas obras vão permitir ter uma escola remodelada, moderna, que vai estar preparada para os desafios de uma escola e de uma sociedade do século XXI, mais inclusiva, mais sustentável e com melhores condições físicas”, explicou José Moreira.