A nova residência universitária que irá nascer no espaço da antiga Fábrica Confiança estará concluída no final de 2025, assegurou ontem a maioria da Câmara Municipal. A?empreitada, na ordem dos 25 milhões de euros, com financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), acrescentará 700 camas à oferta de alojamento estudantil na cidade de Braga.
Na reunião da vereação, Artur Feio, do Partido Socialista, questionou sobre o andamento do concurso público para concepção/construção da residência, tendo em conta recentes afirmações do reitor da Universidade do Minho, que colocou algumas reticências ao cumprimento dos prazos impostos pelo PRR para o financiamento da obra.
“O reitor da Universidade do Minho veio informar-nos publicamente que já teria a expectativa de ter a obra terminada durante o próximo ano, declara- ções que suscitaram a nossa admiração, não existindo um relatório preliminar”, alegou o eleito socialista.
O presidente da Câmara Municipal, Ricardo Rio, informou que o processo “está a seguir a tramitação normal”, depois de “uma dilatação no relatório preliminar por parte do júri”, sendo que está “iminente” o relatório definitivo.
No final da reunião camarária, a vereadora Olga Pereira, responsável pelo pelouro das Obras Municipais, confirmou que, concluído o relatório preliminar do júri do concurso público, está iminente o relatório final, que deverá ser já votado na reunião da vereação do dia 29 de Abril.
“Estamos perto do final. O relatório final já estará para assinatura de todos os membros do júri. Espero que na próxima reunião de Câmara venha o relatório para aprovação e se poder fazer a adjudicação”, precisou a vereadora.
Olga Pereira informou que “todos os concorrentes disseram que seria possível concluir a obra dentro do prazo” de 400 dias.
“Apresentaram, todos eles, uma proposta com um valor inferior ao que propúnhamos, portanto é possível”, declarou aos jornalistas, garantindo que, após a aprovação do relatório final do júri pela vereação, a adjudicação da obra pode ser feita de imediato, “porque está isenta da fiscalização do Tribunal de Contas”.
O perigo de impugnação do relatório final do júri do concurso público também está afastado, uma vez que eventuais reclamações não terão efeitos suspensivos, sendo que o Município invocará sempre o interesse pú- blico da empreitada.
O vereador Artur Feio sugeriu que “o processo seja célere, rápido e conclusivo na sua definição”, atendendo a que o mesmo implica “uma parte grande de criação, que pode ter afinações finais”.
O PS vai “aguardar para perceber o resultado final deste concurso, que será um dos maiores investimentos na cidade de Braga relativamente ao PRR”, pelo que, segundo Artur Feio, “quanto mais cedo arrancar, mais cedo terminará, e daí a nossa preocupação”.
Considerou o eleito socialista que “das duas uma: ou corre mesmo muito bem a obra, o que seria algo absolutamente inovador, ou teremos aqui um problema de execução de prazos que poderá vir a conflituar com o próprio financiamento”.
Disse desejar “que o processo seja célere e rápido e sobretudo que seja conclusivo naquilo que diz respeito à sua definição, nomeadamente na escolha do empresário de construção que irá fazer a obra”.