Respondendo à crescente necessidade de qualificação tecnológica, a Universidade do Minho (UMinho) acaba de lançar o projecto ‘UMinho Mais Digital - Competências para o Futuro’, uma iniciativa que contempla mais de 100 cursos gratuitos de curta duração. Estes cursos serão lançados progressivamente até finais de 2025, e a academia minhota propõe-se diplomar no âmbito deste projecto acerca de 1100 estudantes.
Um ponto roxo na Universidade do Minho chama a atenção para o projecto ‘UMinho Mais Digital - Competências para o Futuro’. A iniciativa inovadora foi apresentada ontem, em conferência de imprensa, por Guilherme Pereira, pró-reitor da UMinho para a Avaliação Institucional e Projectos Especiais.
O projeto ‘UMinho Mais Digital’ conta com 1 milhão e 800 mil euros financiados pelo Investimento Impulso Mais Digital - Submedida ‘Reforço das Competências Digitais’, lançado pela Direcção-Geral do Ensino Superior (DGES) e integrado no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) de Portugal.
O objectivo passa por reforçar as competências digitais dos estudantes da academia de áreas não CTEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática), de todos os ciclos de estudo, disponibilizando um vasto leque de cursos de curta duração, gratuitos e concebidos para responder às exigências da nova era digital.
Guilherme Pereira acrescenta que “não se exclui a frequência destes cursos por alunos de áreas CTEAM, eles podem candidatar-se, temos vagas para eles também, contudo, não contabilizam para os indicadores de desempenho do projecto”, sublinhou.
Estes cursos são totalmente gratuitos e serão ainda atribuídas bolsas de mérito aos participantes que concluam as formações com sucesso. “Trata-se de uma excelente oportunidade para os nossos estudantes completarem a sua formação nestas áreas que são absolutamente fundamentais para a transição para o mercado de trabalho”, notou o pró-reitor.
A duração dos cursos pode variar entre um crédito ECTS e cinco créditos ECTS. “Um curso com um crédito ECTS deve corresponder a cerca de seis a nove horas de contacto. No máximo, com cinco ECTS falamos de cerca de 30 a 35 horas de contacto com os estudantes”, esclareceu.
“Estes são assim cursos muito curtos e muito focados, que serão leccionados em regime híbrido ou à distância, e que irão funcionar em horário pós-laboral”, completou.
Os cursos resultam do envolvimento de todas as 11 Unidades Orgânicas de Ensino e Investigação e serão lançados progressivamente até finais de 2025. “Até ao momento já foram criados 113 cursos que estão prontos a arrancar, e no âmbito deste projecto a universidade propõe-se diplomar até final deste ano cerca de 1100 estudantes”, revelou Guilherme Pereira.
No dia de ontem abriram as candidaturas para os primeiros quatro cursos, nomeadamente: Análise de Clusters e Segmentação de Dados: Métodos e Aplicações em Gestão e Ciências Sociais; Análise Fatorial e Modelação de Regressão com SPSS: Aplicações em Gestão e Ciências Sociais; Bases de Dados Financeiros e Programação em STATA; Manipulação e Análise de Dados com Python e Pandas: Aplicações para Gestão, Economia e Ciências Sociais.