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Mais de trezentos operacionais combateram fogos no Alto Minho

Casos do Dia

2025-03-21 às 06h00

Rui Serapicos Rui Serapicos

Arcos de Valdevez foi o concelho mais afectado, mas Ponte da Barca e Paredes de Coura também arderam. Há quem aponte o dedo a fogo posto e quem culpe a Tempestade Martinho.

Citação

Entre quarta e quinta-feira, em que arderam no Alto Minho, estiveram no combate às chamas 323 operacionais e 98 veículos, incluindo bombeiros, e outros elementos da Protecção Civil, indicou ontem ao Correio do Minho fonte do Comando Distrital de Socorro de Viana do Castelo.
Entre os mais significativos foi dado às 7.10 o primeiro alerta, em Vilar de Suente, na freguesia do Soajo, concelho de Arcos de Valdevez. Seguem-se chamadas, à volta das 15 horas, em Ermida, Ponte da Barca; cerca das 16 em Vilela, c; 17.25 em Entre-Ambos-os-Rios, Ponte da Barca; 17.25 Soajo, Arcos de Valdevez; 21.07 em Azias, Ponte da Barca; 21.37 em Sá, Ponte da Barca; 21.56 em Sabadim e 22.44 em Insalde, no concelho de Paredes de Coura.
Não há registo de vítimas, mas houve casos - documentados em fotos - em que as chamas estiveram perto de casas chegando a ser considerada a necessidade de evacuar pessoas. Porém, tal não veio a ocorrer.
O último fogo a ser resolvido foi o de Sabadim, no concelho de Arcos de Valdevez, de manhã, indicou Alexandre Penha, adjunto de operações da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil.
Questionado sobre uma possível origem criminosa dos fogos, Alexandre Penha respondeu apenas com a constatação de “má utilização de fogo”, mas remeteu a averiguação das causas para as entidades competentes.
O comandante dos bombeiros de Arcos de Valdevez, Filipe Guimarães, denunciou, em declarações à SIC Notícias, situações de fogo posto.
O vereador com o pelouro da Protecção Civil da Câmara de Arcos de Valdevez, Olegário Gonçalves, disse que tiveram origem criminosa.
“Só podem ser incêndios de origem criminosa. Nesta altura, com a humidade existente nos solos e à hora que os incêndios deflagraram, não era possível que o fogo começasse pelas condições climatéricas”, afirmou.
Diferente é a interpretação do centro de estudos climáticos MeteoFreixo, de Ponte de Lima, que estudou o fenómeno desta noite “tropical” e a onda de incêndios florestais.
O Minho sofreu os efeitos da depressão Martinho, “não pela chuva, mas pelo vento forte de sul e temperaturas tropicais que potenciou os incêndios florestais na região Minho”, explica o MeteoFreixo em comunicado assinado pelo seu responsável, Sérgio Basto. No entendimento do MeteoFreixo, “é precipitado catalogar estes incêndios de origem criminosa, porque de facto ocorreram um conjunto de condições meteorológicas propícias à propagação de incêndios”.
E essas condições, segundo o MetoFreixo, são as seguintes:
“Pelas 23 horas, estavam 18,3 º de temperatura, vento médio de 30 km/h do quadrante Sudeste e apenas 44% de humidade que secou a matéria combustível. Além disso levávamos oito dias secos (não chovia desde 11 de Março)”.
Há, porém sinais de que as condições se agravaram.
Na Galiza foram registados ventos de sul para Norte com a velocidade de 130 km/h.
Em Vizela, o vento arrancou um telhado. Houve quem em Ponte da Barca tenha registado às 2 horas da madrugada temperaturas de 19 graus.
O Instituto Português do Mar e Atmosfera tinha emitido um alerta laranja.

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